Sete detentos fugiram da Penitenciária da Canhanduba, em Itajaí, por volta das 22h de quinta-feira. Os presos serraram as grades das janelas da cela, saltaram de uma altura de seis metros e fugiram pelos fundos da unidade, que fica na zona rural. Esta é a primeira vez que a penitenciária registra uma fuga desse tipo.
_ Precisamos analisar quem falhou, no que erramos _ diz Leandro Lima, secretário adjunto de Justiça e Cidadania.
Entre os foragidos estão Alexandre da Silva Vaz, Dhones Cruz Santos, Ederson Dias, Guiliano George Alves Garcete, Marlon Luciano Cabral e Rodrigo Veiga. Ricardo Fernando Soares dos Santos Salomão foi recapturado por volta das 2h da manhã, escondido num veículo em que estavam duas mulheres e uma criança.
Salomão fraturou a perna ao saltar da cela, que fica no segundo andar. Ferido ainda pelos arames que cercam a prisão, ele entrou em uma casa do bairro, disse que havia deixado a prisão e pediu para usar o telefone. Assim, comunicou-se com o resgate.
O detento foi hospitalizado e terá que passar por uma cirurgia.
Investigação
Uma equipe de corregedores do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap) virá a Itajaí nesta sexta-feira à tarde para apurar o caso. Todos os agentes prisionais e funcionários terceireirizados que estavam de plantão durante a fuga vão prestar depoimento.
Construída para ser modelo no Estado, a penitenciária da Canhanduba, que integra o Complexo Prisional, tem esquema rigoroso de segurança. Visitantes só entram uniformizados e depois de passarem por detectores de metais manuais e em portal _ além de estarem sujeitos à revista íntima.
Entre as celas e o lado de fora da prisão não há apenas uma, mas diversas grades que separam cada setor. Além disso, há cancela com guarita no lado de fora.
O Deap quer saber, agora, como a serra entrou na unidade.