sexta-feira, 8 de maio de 2015

Bandidos roubam malotes com R$ 300 mil de empresa de câmbio em Navegantes

Um veículo que fazia o transporte de malotes para uma empresa de câmbio foi alvo de um assalto no início da tarde desta quinta-feira, em Navegantes. O carro foi interceptado pelos criminosos no km 5 da BR-470, no sentido a BR-101. Conforme a Polícia Rodoviária Federal, os assaltantes fugiram com mais de R$ 300 mil.

Os dois funcionários contaram aos policiais rodoviários que haviam acabado de recolher malotes com dinheiro em uma filial da empresa na cidade e se dirigiam à sede quando um tiro atingiu um vidro lateral do veículo, que não contava com escolta armada.

Segundo a PRF, os funcionários pararam no acostamento e foram rendidos pelos assaltantes armados. Eles não souberam dizer em quantos criminosos o grupo agiu e nem o tipo das armas utilizadas no roubo.  

Durante a ação, os funcionários foram agredidos com coronhadas pelos assaltantes. Eles fugiram em uma caminhonete preta.

Secretário de Desenvolvimento Regional de Brusque pede exoneração do cargo

Depois de ser indiciado pelo Ministério Público de Santa Catarina por suspeita de improbidade administrativa, o secretário de Desenvolvimento Regional de BrusqueJones Bósio (PSD), anunciou a exoneração do cargo nesta quinta-feira. Em coletiva de imprensa, o secretário se defendeu das acusações de enriquecimento ilícito e dano ao erário no processo que responde com outros quatro réus e alegou motivos de saúde ao deixar a pasta.
Com mais de 2 mil páginas, o inquérito aponta irregularidades em dois contratos que somam R$ 1,6 milhão assinados com a Alfa Terraplanagem após a enchente de 2011 – o secretário era diretor-geral da pasta na época.
Sandra Regina Eccel, ex-titular da pasta; o pai de Jones, Vendelim Bósio;Cristiano Cunha, responsável pela Alfa na época em que os serviços foram contratados; e Tiago Luy, engenheiro civil da SDR, também estão entre os acusados.
promotor de Justiça Daniel Westphal Taylor alega que há falhas nos procedimentos de dispensa de licitação e que, além do pagamento por serviços que não foram executados pela Alfa, a empresa contratada era administrada pelo pai de Jones.
A investigação revela que a razão social da empresa estava registrada em nome de Hilda Bósio – mãe do secretário – e Valtamir Cesari, mas o responsável pelas atividades era Vendelin. Segundo o promotor, Hilda e Valtamir apenas emprestaram o nome para abrir a razão social, em 2008. Em junho de 2011, Hilda vendeu sua parte para Cristiano Cunha, marido de uma sobrinha. Na ocasião a empresa deixou de se chamar VHB Serviços Ltda. e passou a atender por Alfa Terraplanagem.
“(...) Essa venda, porém, era meramente de fachada: Vendelim Bósio, pai de Jones Bósio, continuava vinculado à empresa, o que era de pleno conhecimento do então diretor-geral da SDR”, escreve o promotor.
Além do grau de parentesco, o promotor diz que a rápida ascensão econômica de Cunha chamou atenção do MP. No processo de dispensa de licitação e na assinatura dos contratos ele aparece como responsável da Alfa, mas “(...) pouco tempo antes de firmar estes contratos no valor de R$ 1,6 milhão, ele exercia, na própria SDR, a função de digitador, ganhando R$ 700 mensais”.
Em depoimento, Cristiano mencionou que o R$ 1,6 milhão foram sacados na boca do caixa e usados para sublocar os serviços contratados. Por isso, a promotoria pediu também a quebra de sigilo bancário da empresa e da conta de Jones Bósio.
A primeira operação apontou que os pais de Jones retiraram cerca de R$ 820 mil da conta corrente de uma empresa que, formalmente, não pertenceria a eles, o que provaria que Cristiano não administrava a empresa sozinho. Além disso, no mesmo período o secretário teria recebido R$ 7 mil da Alfa e que a quantia seria “uma compensação pelo convite para a prestação dos serviços”.
“Era de conhecimento de Jones que a empresa em questão funcionava em uma casa de madeira (...) e não possuía qualquer funcionário ou maquinário, de forma que, como o próprio Cristiano Cunha admitiu, a realização do serviço foi objeto de sublocação”, argumenta David Westphal Taylor, concluindo que Cunha e a então secretária Sandra Eccel também estariam cientes da irregularidade.
O gerente de Infraestrutura da SDR, Tiago Luy, responsável pelas medições que permitiram à Alfa receber o valor contratado, também é réu no processo.
Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira à tarde, Jones Bósio, até então secretário de Desenvolvimento Regional de Brusque, falou sobre o pedido de exoneração do cargo. Apesar de informar que ainda não foi notificado pela promotoria sobre a denúncia de improbidade administrativa na contratação da empresa Alfa, em 2011, Bósio argumentou que antes de entrar na política a família já administrava empresas de terraplanagem.
– Na época deste contrato meu pai não era dono da empresa. Agora eu estou pagando a conta – criticou.
Durante a coletiva, Bósio mostrou relatórios das famílias beneficiadas com o serviço de terraplanagem na época da enchente e garantiu que os documentos foram entregues à promotoria. Por fim, afirmou que a decisão de sair da secretaria partiu dele e que não quer causar prejuízo ao governo e à pasta.
Bósio, que também é presidente do PSD em Brusque, disse que deixa o cargo para cuidar da saúde e que não pretende abandonar a vida política, entretanto não descarta pedir afastamento do cargo que exerce no partido.