quarta-feira, 31 de maio de 2017

Itajaí integra Programa de Combate ao Tabagismo

31 de maio é Dia Mundial Sem Tabaco e o cigarro continua sendo um dos maiores causadores de câncer

Itajaí é uma entre várias cidades que participam do Programa Nacional de Controle do Tabagismo. O tratamento é feito sem custo, através do Sistema Único de Saúde. O fumante, interessado em largar o cigarro, deve comparecer até a Unidade de Saúde do seu bairro e solicitar o atendimento, que inicia sempre em turma – o que faz com que o fumante tenha que esperar até que nova turma seja formada. Em Itajaí também é possível solicitar a participação através da Policlínica Central.

Cerca de 20 mil pessoas morrem todo o ano no Brasil, por causa do cigarro. A OMS – Organização Mundial da Saúde, reconhece o tabagismo como uma doença epidêmica: a dependência à nicotina contribui para que o fumante contraia cerca de 50 tipos diferentes de doenças, principalmente respiratórias, além de câncer de pulmão.  

De acordo com o último levantamento do IBGE, 18% dos estudantes disseram que já experimentaram cigarros. Outras informações do IBGE, da pesquisa de 2014, revela que o número de consumidores de produtos derivados do tabaco caiu 20% - os homens continuam sendo os maiores consumidores. Os fumantes têm média de idade entre os 40 e 59 anos. A preocupação continua sendo o Sul do Brasil, onde os três estados lideram no número de usuários: Paraná, 18%; Santa Catarina, 16%; Rio Grande do Sul, 14%.

Narguilé e cigarro eletrônico

O narguilé é muito comum entre os jovens, que acreditam que o produto é inofensivo, mas, na verdade, ele é tão prejudicial quanto o cigarro comum. A própria OMS já reconhece o uso como um problema de saúde pública. Uma pesquisa do IBGE, de 2008, aponta que, na época havia mais de 300 mil usuários de narguilé no Brasil. E, além dos já conhecidos problemas respiratórios, o narguilé dissemina diversas bactérias e doenças pela boca, que podem causar câncer.

O cigarro eletrônico foi inventando em 2003, com a promessa de acabar com o vício do cigarro e ser menos danoso ao corpo humano. Porém, não há comprovação científica disso – especialistas dizem que o cigarro eletrônico é prejudicial à saúde. E, como as leis do cigarro comum, os usuários do eletrônico devem seguir as mesmas regras, já que o produto libera fumaças derivada do tabaco.

Informações sobre Programa Nacional de Controle do Tabagismo em Itajaí podem ser com a enfermeira Caterine. Ela é responsável pelo programa na Policlínica Central. A enfermeira atende no período matutino.

Rio do Sul tem 225 pessoas desabrigadas

Chove forte nesta quarta-feira em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, e a situação pela cheia no rio Itajaí-Açu fica complicada no município. Ao meio-dia desta quarta-feira o nível do rio estava em 7,11 metros, depois de subir quase 50 centímetros em 10 horas. Na medição das 13h o rio já marcava 7,31m, 20 centímetros a mais.
A cidade é uma das mais afetadas pelo tempo ruim das últimas semanas e registrou mais de 300mm de chuva durante o mês de maio, quebrando um recorde para o período. Nesta quarta-feira já choveu 28mm e o total do dia pode chegar aos 100mm, segundo a Defesa Civil.
Onze abrigos estão abertos em Rio do Sul, dois deles somente para receber móveis, e 225 pessoas precisaram sair de casa preventivamente. Não há nenhum registro de feridos ou de pessoas precisando de resgate. Os primeiros bairros com ruas alagadas são Bela Aliança e Taboão.

Tabagismo na idade escolar

Paiva Netto

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% dos fumantes tiveram o primeiro contato com o tabaco em idade escolar, na faixa etária entre 5 e 19 anos. O programa Educação em Debate, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, abordou esse grave tema, procurando demonstrar a enorme responsabilidade dos educadores, bem como da família, na busca de mecanismos que previnam a aproximação com o fumo, porta de entrada para drogas mais pesadas.
Em entrevista concedida à pedagoga Suelí Periotto, a dra. Mônica Andreis, mestre em psicologia clínica pela USP, vice-diretora da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), destacou o papel da escola na prevenção desse vício: “É a oportunidade que o educando tem de aprender um pouco mais sobre o tabagismo e, com isso, ter mais consciência da importância de não começar a fumar. A escola pode contribuir bastante não só enfocando a questão da saúde, contudo ir além, com a discussão sobre por que as pessoas fumam, o papel da propaganda, o quanto isso afeta não só a saúde, mas o meio ambiente em que se vive. Os estabelecimentos de ensino podem abordar o assunto sob diferentes ângulos. O acúmulo de bitucas, por exemplo, é uma das coisas que mais poluem as praias brasileiras, que matam animais marinhos, porque se engasgam com aquilo; muitas florestas acabam sendo devastadas para a produção de cigarro, pois se usa lenha, se usa papel. E essas informações são muito importantes. Os alunos podem levar esse conhecimento para casa e partilhar com seus pais, familiares ou a própria comunidade. A escola pode organizar uma feira de ciências, e esse pode ser um tópico a ser discutido; apresentar um filme, chamar a família para participar e depois fazer um debate. Temos várias maneiras de explorar o assunto, e os educadores têm um papel fundamental na prevenção do tabagismo”.
Lei antifumo
Segundo a dra. Mônica, a lei antifumo contribui de fato para o desinteresse da criança pelo cigarro: “Hoje, esse impedimento é um desestímulo para que ela comece a fumar, porque as pessoas não estão mais fumando em todos os lugares como se fazia antigamente. Isso, aliado a uma abordagem da escola sobre o tema, de uma forma constante, acaba favorecendo para que não se comece a fumar na adolescência”.
O poder da influência
Indagada a respeito dos aspectos emocionais que podem influenciar a criança e o jovem com relação ao tabagismo, a dra. Mônica esclareceu ainda: “Alguns fatores acabam favorecendo para que elas experimentem ou comecem a fumar. A gente sabe que filhos de pais fumantes têm maior tendência de se tornar fumantes no futuro. Muitas crianças começam a fumar por causa desse modelo que elas têm em casa, ou mesmo na escola, daquele professor que admiram e que fuma. Daí a necessidade dessa consciência por parte dos familiares e dos professores, do poder de influência que possuem sobre a vida de uma criança. Além disso, na adolescência, a gente passa por uma série de modificações. É natural que a insegurança apareça e, às vezes, o cigarro é a válvula de escape na busca de um prazer instantâneo. É importante que a criança tenha essa percepção de que fumar não irá lhe trazer sustentabilidade ou lhe garantir sucesso na vida. O cigarro é uma droga e, uma vez que a criança o experimente, pode torná-la facilmente uma dependente química. Então, se ela tiver essa consciência, consegue, naturalmente, dizer não”.
Morte evitável
Em suas considerações finais, a psicóloga Mônica Andreis enfatizou que “o fumo passivo é considerado pela Organização Mundial da Saúde a primeira causa de mortes potencialmente evitável. É uma dimensão muito grande. Na verdade, como a gente tinha antes toda uma avaliação cultural de que o tabagismo não era um problema tão grave assim, as pessoas negligenciavam um pouco isso. Hoje temos informações e a clareza do malefício do tabaco para a saúde. É importante também que a escola possa valorizar isso e, de fato, implantar atividades para auxiliar os jovens no conhecimento e na prevenção”.
Grato, dra. Mônica. Nas escolas da Legião da Boa Vontade e nos seus programas socioeducacionais, o assunto é tratado com a seriedade devida. É o nosso contributo a fim de alertar principalmente as futuras gerações quanto ao efeito destruidor do tabagismo.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

Funcionários da Coletivo Itajaí ameaçam greve

Os motoristas da empresa de Transportes Coletivo Itajaí decidiram uma nova paralisação. Se até 5 de junho não receberem integralmente os salários, vão cruzar os braços, como fizeram na primeira quinzena deste mês.

A decisão foi tomada em assembleia depois que a empresa informou que vai pagar os salários em duas vezes: metade dia 8 e o restante somente em 16 de junho. “Nós estamos marcando uma audiência no ministério do Trabalho para a sexta-feira, para que a justiça faça uma mediação dessa situação”, disse João José de Borba, presidente do sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região.
Celso Goulart, chefe de gabinete da prefeitura e presidente da comissão que gerencia a crise do transporte público em Itajaí, disse que o plano emergencial montado para suprir a falta de busões pela cidade pode ser acionado em 30 minutos, caso seja preciso. “Essa vai ser uma greve oficial. 70% da frota pararia. 30% continuaria funcionando”, disse ainda.
O chefe de gabinete não se manifestou quanto a alguma ação da prefeitura para evitar o problema.
Hoje haverá uma reunião na prefeitura entre representantes de uma empresa da Bahia e a direção da Coletivo. A empresa baiana estaria interessada em assumir o serviço do transporte público em Itajaí, até que a prefeitura lance um novo edital na praça.