quarta-feira, 20 de maio de 2015

Redução do volume de materiais recicláveis provoca desemprego em Itajaí‏

O volume de lixo reciclável caiu cerca 50%, na Cooperativa da Foz do Rio Itajaí – Cooperfoz. De acordo com o presidente da cooperativa, Jonatas de Sousa, em 2013 eram 400 toneladas de reciclados por mês e no início desse ano a média de coleta não chega a 200 toneladas. Por causa dessa falta de material, 17 famílias que trabalham na cooperativa, foram dispensadas, por tempo indeterminado.
O problema que envolve questão social e ambiental foi constatado pelo Vereador Márcio José Gonçalves, durante uma visita à cooperativa nessa terça-feira (19). “A questão dos resíduos sólidos precisa ser encarada de forma urgente em nosso município. A atual situação que diagnosticamos na cooperativa, demonstra a pouca efetividade do programa de coleta seletiva, a consequente dificuldade relatada pelos cooperados com a falta de material e o comprometimento da subsistência da própria cooperativa”, ressalta o Vereador Márcio Dedé.
O vereador, que sempre buscou iniciativas e projetos relacionados ao tratamento de resíduos e coleta seletiva, também  é autor da lei que criou o Dia e a Semana do Lixo Zero em Itajaí.
A lei institui que seja integrado no calendário oficial de eventos do município de Itajaí, o Dia Municipal do lixo zero, a ser trabalhado, anualmente, no dia 30 de maio e a semana municipal do lixo zero, a partir dessa data.
A iniciativa teve origem na tese de mestrado do Vereador Márcio Dedé e prevê, além da redução da quantidade de resíduos sólidos a serem enviados para o aterro sanitário, tratar também da importância da coleta seletiva. O objetivo é que seja desenvolvido um trabalho de conscientização, para que as pessoas notem a necessidade de realizar a coleta seletiva no município, que além de colaborar com o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas, também é a fonte de renda de muitas famílias da região.

Timbó acaba com o pagamento de diárias a vereadores

Câmara de Vereadores de Timbó tomou uma atitude que serve de exemplo. Aprovou, por unanimidade, uma resolução que extingue o pagamento de diárias a vereadores que precisem viajar representando o município. Com isso, apenas gastos de viagens de servidores para deslocamentos a trabalho serão custeados pela Câmara. 

O autor da resolução é o vereador e presidente da Câmara Marcelo Luiz Ferrari (PT). Ele conta que decidiu apresentar a proposta porque entende que os parlamentares já recebem pelo trabalho de representar a Casa em eventos, cursos ou viagens a trabalho:

— O meu pensamento é de que o vereador não recebe salário, mas um subsídio, uma verba de representação para fazer seu trabalho, e estar em nome da Câmara em determinados momentos já está incluído nisto, então não acho correto que, além do valor mensal, recebam pagamentos por essas viagens. 

Ferrari conta que aprovar a resolução não foi fácil. Quando apresentou o projeto, assinado também pelos outros dois vereadores da Mesa Diretora – o vice-presidente da Casa, Reimar Raddatz (PSB), e o secretário Rubens Borchardt (PT) – Ferrari foi chamado pela Comissão de Mérito da Câmara para explicar a ideia e ouviu dos integrantes um pedido para que o projeto fosse retirado da pauta. O presidente da comissão, vereador Guilherme Voigt Junior (PSDB), confirmou que houve descontentamento de parlamentares com o projeto, já que teriam que custear as próprias despesas:

— Alguns não concordaram porque (a medida) privou os vereadores de participarem de cursos, embora eu, que já estou no segundo mandato participei de um curso só e foi em Blumenau. Mas, por exemplo, se precisar ir a Brasília, que eu só fui uma vez em quase oito anos, vamos tirar do nosso bolso. 

Mesmo com os posicionamentos contrários, Ferrari defendeu a ideia na comissão e viu a proposta ser aprovada por unanimidade pelos vereadores. O presidente da Comissão de Mérito explica que o fator que levou à mudança de opinião foi a aquisição pela Câmara de um veículo que, segundo ele, poderia ser usado pelos vereadores para compromissos fora do município. O carro – um Renault Sandero que custou R$ 45 mil – de fato foi adquirido, mas Ferrari afirma que a utilização do veículo não foi definida: 

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O carro foi comprado para ser usado pelos servidores da Câmara, já que não tínhamos veículo e os funcionários usavam os próprios carros. O veículo já está aqui aguardando a documentação, mas o uso não foi regulamentado. 

Sem informar valores, o presidente disse que os gastos com diárias não eram expressivos, mas houve casos em que vereadores pediam o pagamento de diárias para ir a Blumenau ou Jaraguá do Sul. Outra viagem comum é para Florianópolis, para levar demandas aos deputados estaduais. 

— Acho que assim é bom para que os deputados da nossa região também estejam mais presentes nas cidades, e não apenas na época de campanha, e assim os vereadores não precisam gastar tanto para ir com frequência até a Capital — analisa. 

Os vereadores recebem mensalmente R$ 4.057,16. Com os descontos, embolsam R$ 3,4 mil. Para o presidente da casa o montante é de R$ 6.085,74, sendo R$ 4,8 mil líquidos. Ferrari defende que o valor é suficiente para que custos de transporte e alimentação sejam bancados pelos parlamentares em caso de viagens.

Vinte creches fechadas no primeiro dia de greve dos servidores de Itajaí

No primeiro dia de greve dos servidores públicos de Itajaí, das 64 creches municipais, 20, de acordo com o sindicato da categoria, e 19, segundo a prefeitura, deixaram de funcionar. Isso porque, a maior adesão conforme a prefeitura e o sindicato, ocorreu por parte dos funcionários da educação infantil. Escolas municipais também foram afetadas e funcionaram parcialmente. Nos postos de saúde, o sindicato informou que foi mantida a porcentagem mínima exigida por lei de 30%  dos funcionários trabalhando. O quadro de funcionários da Codetran também esteve reduzido.