O vereador Laudelino Lamin (PMDB), pediu afastamento da CPI da Codetran depois que seu nome apareceu entre os 22 indiciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em decorrência da Operação Dupla Face, que investigou suspeitas de corrupção na prefeitura de Itajaí. Negada pelo presidente da comissão, Thiago Morastoni, a solicitação foi o ponto alto da mais longa reunião desde o início dos trabalhos da CPI, há dois meses. A sessão durou quatro horas.
Lamin, indiciado por ter, supostamente, pedido dinheiro e uma viagem de navio a uma construtora, afirmou que gostaria de deixar a comissão para evitar “atrapalhar” os trabalhos de investigação. Thiago Morastoni se disse “pego de surpresa” e afirmou que não acataria a desistência por entendê-la precipitada:
_ Devemos respeitar o processo legal. Me sentiria constrangido se o senhor não for denunciado e tomarmos o ato precipitado de afastá-lo da CPI _ afirmou o vereador, dizendo que o indiciamento ainda não passava de “informação de jornal”.
Morastoni completou a recusa garantindo que, caso Lamin seja denunciado, “entende os motivos da saída” do vereador da comissão. O inquérito, com mais de 2300 páginas e sete volumes, está nas mãos do promotor Luiz Eduardo Couto de Oliveira Souto. A expectativa é que, caso haja denúncia, ela seja apresentada à Justiça até o fim do mês.