sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A Caridade não é um sentimento de tolos

Paiva Netto

Por ocasião do Dia Internacional do Voluntário, celebrado em 5/12, dedico-lhes trecho de minha obra Cidadania do Espírito (2001), quanto ao significado do termo Caridade. São conceitos que tenho desenvolvido desde a década de 1960, convidando o(a) leitor(a) a refletir sobre essa ferramenta imprescindível, em minha opinião, para ajustar os mecanismos de uma sociedade ainda hoje regida pelo individualismo, seja no âmbito particular ou coletivo. Aliás, esse individualismo tem contribuído para levar muita gente à indiferença, à secura de Alma, isto é, à ausência da Solidariedade, da Fraternidade, da Generosidade nos relacionamentos humanos e sociais. Aqui, alguns trechos do tema. Espero que apreciem:

A Caridade não é um sentimento de tolos. É a misericordiosa estratégia de Deus que, aliada à Justiça Divina (que não é a violência que homens inescrupulosos têm como tal), estabelece nos corações a condição perfeita para que se governe, administre, empresarie, trabalhe, pregue, exerça a Ciência, elabore a Filosofia e se viva, com espírito de generosidade, a Religião.

Quando há Amor Fraterno, incontrastável empenho e consagrada competência, que se desenvolve com labor e zelo — desde a fixação de um simples prego na madeira (creia no seu valor próprio!) —, não existem limites para o alicerce de um mundo melhor.

Realizar o Bem voluntariamente é uma das mais belas páginas de Amor que o ser humano pode escrever. (...) A Caridade, aliada à Justiça, dentro da Verdade, é o combustível das transformações profundas. Sua ação é sutil, mas eficaz. A Caridade é Deus, quando inequivocadamente entendido como Amor, e não como vingança.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

Operação "Meia Conta" desmantela grupo que fraudava medidores de energia em SC

Uma adulteração feita em alguns minutos e que prometia reduzir pela metade o valor da conta de energia elétrica de empresas e residências. Por pelo menos dois anos, uma quadrilha formada por sete pessoas aplicou essa fraude que pode ter gerado um prejuízo milionário na Celesc em Santa Catarina e, inclusive, afetado o valor que o consumidor paga na sua conta em casa para cobrir o rombo do golpe.
Esse tipo de crime, que pode ser caracterizado como um furto qualificado, foi o alvo da operação Meia Conta, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em apoio à 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó, nesta quinta-feira de manhã em Blumenau. A operação começou no Oeste do Estado a partir de denúncias e chegou a um grupo de sete pessoas que atuavam em várias cidades, adulterando e até trocando medidores de energia elétrica.
A primeira fase da operação teve o trabalho de 26 policiais e cumpriu quatro mandados de prisão — um em Chapecó, um em Jaraguá do Sul e dois em Blumenau —, 17 mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva. Além das três cidades, residências em Indaial também foram alvo dos policiais.
O Gaeco acompanhou durante três meses todos os passos do grupo criminoso. Nesse período foram identificados pelo menos 35 estabelecimentos comerciais beneficiados pela fraude, mas o coordenador da operação, o promotor Alessandro Argenta, garante que o número é muito maior.
— Como esse grupo estava a dois anos na atividade, a gente pode afirmar que são centenas de estabelecimentos que estão com seus medidores fraudados, que agora serão alvo de contínua fiscalização da Celesc, que está nos apoiando na operação — garantiu o promotor coordenador do Gaeco de Chapecó, em entrevista na sede do grupo em Blumenau ontem à tarde.
As duas prisões em Blumenau ocorreram nos bairros Velha e Progresso. Na casa no Progresso, os policiais encontraram cerca de 250 lacres e cerca de 30 medidores de origem ilícita, que seriam colocados no lugar dos originais.
Nas outras apreensões, o Gaeco ainda localizou cheques, dinheiro e uma arma de fogo. Os presos vão responder pelos crimes de furto qualificado e associação criminosa, enquanto os empresários que foram flagrados com medidores fraudados também poderão responder individualmente por processos de furto.
Segundo o promotor Alessandro Argenta, a maior parte dos clientes da quadrilha eram empresas como frigoríficos, facções, padarias, mercados e outros comércios. Os criminosos chegavam até os empresários e ofereciam o serviço com a promessa de reduzir pela metade o valor da conta de energia.
Após a fraude, o empresário pagava à quadrilha um valor baseado na economia do primeiro mês. Por exemplo, se no primeiro mês após a fraude o empresário pagou R$ 10 mil a menos na conta, era esse o valor cobrado pelo serviço.
O promotor destaca que não foi encontrado nenhum vestígio até o momento de participação de algum funcionário da Celesc no esquema, mas que a investigação deve continuar.

Projeto prevê o fim do limite de altura para prédios em Itapema

A prefeitura de Itapema encaminhou à Câmara de Vereadores um projeto de lei  que institui a outorga onerosa para a construção civil _ autorização para que as construtoras aumentem o volume das obras, em troca do pagamento de taxas ao município. As regras propostas permitem que o tamanho dos prédios aumente em até 30%.
A área mais valorizada de Itapema, hoje, tem limites de 7 andares para a primeira quadra após a praia, e de até 13 andares para a segunda. O projeto deixa de lado a limitação, mas virá acompanhado de uma outra proposta, para evitar que a sombra tome conta da praia.
O projeto de lei do “cone de sombreamento” prevê cálculos que demonstrem o ângulo da sombra dos edifícios sobre a areia e o mar, e estabeleçam até onde as construções podem crescer. O parâmetro será o sol das 16h do dia 31 de dezembro, no auge do verão.
O secretário de Planejamento, Eliseo Cordeiro, diz que o modelo permite edifícios mais altos, desde que estejam mais distantes da praia. Na beira do mar, segundo ele, o limite de sete andares deve ser reduzido quando for levado em conta o sombreamento.
As duas propostas vão passar por audiência pública na Câmara de Vereadores, no dia 18 de dezembro. Depois, serão levadas a votação no Legislativo. A expectativa da prefeitura de Itapema é que, se aprovada, a outorga onerosa renda R$ 40 milhões no primeiro ano de validade.

Policial Civil desaparecida foi morta e enterrada pelo marido

Mais uma mulher perdeu a vida vítima da violência doméstica. Luiz Fernando Lopes, 49 anos, confessou que matou a policial Civil Karla Silva de Sá Lopes, 28, sua companheira, em Itapema.
Fernando chegou a divulgar que a mulher estava desparecida, na quarta-feira, quando as buscas começaram. Ele disse que a esposa saiu para caminhar pela manhã e desapareceu.
No início da noite de ontem, porém, ele confessou o assassinato aos seus superiores na polícia Militar. Mais tarde, Fernando mostrou aos policiais da divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú o local onde enterrou o corpo da vítima: na praia de Taquaras.
O corpo estava perto da pedra que virou ponto turístico da praia. Ela estava de pijama. Segundo a polícia Civil, Karla deve ter sido morta na noite de terça-feira. O tiro fatal foi na cabeça, mas o laudo do Instituto Geral de Perícia (IGP) vai apontar com mais precisão o trajeto da bala.
Karla tinha um filho de 13 anos, e Fernando tem dois filhos de outro relacionamento.