São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, cinco deles em São Paulo e outros nove em Santa Catarina, nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú e Blumenau. Há dois mandados de prisão, contra diretores da instituição financeira, que não tiveram a localização informada pela PF. Todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Florianópolis.
As investigações começaram na Delegacia da Polícia Federal em Itajaí, em 2013. Os policiais apuravam uma possível evasão de divisas através dos contratos com DJs, quando chegaram a uma corretora de câmbio que fazia parte do mesmo grupo econômico da empresa que realizava os eventos.
Segundo a polícia, a empresa estaria envolvida em uma série de fraudes cambiais, inclusive pagamentos a terceiros, no exterior, em contratos feitos por empresas investigadas na Operação Lava Jato _ ligadas a um doleiro já condenado. A corretora teria feito, ainda, 155 operações de câmbio usando os nomes de 111 pessoas que já estavam mortas no momento do negócio.
Em nota, a PF afirma que, por fim, colheram-se fortes indícios de que representantes da corretora de câmbio tentaram obstruir as investigações fazendo contato com um servidor público. Eles teriam pedido instruções sobre como reaver os valores apreendidos durante a investigação.
O nome da operação faz referência a “ser colocado na fila” da investigação, e também à sequência de apresentações e à mesa de som usada pelos DJs em baladas eletrônicas. Os crimes apurados até o momento incluem gestão fraudulenta de instituição financeira, fraude contábil, fraude cambial, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e obstrução de investigação contra o crime organizado.