A final do Campeonato Catarinense de 2018 contará com a presença do sistema de vídeo-arbitragem (VAR, na sigla em inglês). A novidade, inclusive, consta no regulamento geral da competição, elaborado pela Federação Catarinense de Futebol (FCF) em novembro do ano passado.
Diretor do departamento de arbitragem, Marco Antônio Martins afirmou que o árbitro Heber Roberto Lopes e o assistente Carlos Berkenbrock, que já integraram o quadro da Fifa, estiveram no treinamento, em setembro, para trabalhar com essa tecnologia.
– Existe essa possibilidade. Temos profissionais que realizaram esse treinamento e se tiver que utilizar, temos quem escalar. Isso está no regulamento. Vamos colocar em algum jogo importante, que decida uma vaga na final ou na própria final. É uma tecnologia cara (R$ 30 mil por jogo), por isso não temos condições de colocar em todos.
Com a inclusão da final única na edição deste ano, o Catarinense terá 91 partidas. Dessa maneira, o custo operacional do VAR, para que se coloque em todos os jogos da competição, é de R$ 2,7 milhões, um pouco mais da metade da cota de TV.
Integrante do quadro da Fifa até 2016, Heber Roberto Lopes garantiu que o VAR é algo que chega para de fato ajudar os árbitros em campo. Ele, aliás, citou que é preciso tomar uma série de precauções antes de implantar a nova tecnologia.
– Tem todo um protocolo a seguir, mas entendo que projeto é bom. A palavra-chave que move o árbitro é critério. Não pode ter uma decisão num jogo e um lance similar horas depois ter outra. Nas partidas de vídeo, inclusive, estão querendo tornar pública essa gravação, pois isso faz parte da súmula – ponderou o árbitro.
Carlos Berkenbrock, que permaneceu no quadro de assistentes da Fifa até 2013, adotou a mesma linha de raciocínio do companheiro de profissão. De acordo com ele, a uniformização de trabalho é algo bastante discutido para se ter um bom aproveitamento do VAR.