quinta-feira, 14 de julho de 2016

A queda de todas as bastilhas

Hoje se faz necessário pôr abaixo as bastilhas invisíveis, todavia, de consequências bem palpáveis: espirituais, morais, psicológicas, do sentimento.

Paiva Netto

Dia 14 de julho. Completam-se 227 anos da Queda da Bastilha, episódio que deflagrou a Revolução Francesa (infelizmente manchada pelo sangue dos guilhotinados), cujas origens remontam aos enciclopedistas, vanguardeiros do iluminismo. Relativo ao tema, selecionei apontamentos meus, ao longo do tempo, de palestras, programas de rádio, TV e de artigos publicados no Brasil e no exterior.

Não tenho pretensão de discutir aspectos históricos ― existem bons livros para isso ―, contudo extrair uma importante analogia sobre quanto ainda é forçoso trilhar a fim de que as populações da Terra deixem ruir de suas mentes e corações a pior de todas as bastilhas: a ignorância acerca da realidade gritante da vida após o fenômeno da morte. Fator decisivo para que a valorização do ser integral (corpo e Espírito) dite as regras dos governos das nações no Terceiro Milênio: Quando garoto, devia ter 9 para 10 anos, assisti com meu pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), no Rio de Janeiro, a um filme sobre o 14 de Julho.

Nos séculos 17 e 18, o absolutismo monárquico atingira intensa projeção. Como geralmente acontece nas relações cotidianas, se afastadas do respeito ao Espírito Eterno do ser humano, houve por parte da monarquia francesa um descaso tremendo com as necessidades básicas do seu povo, cuja expressão mais grotesca seria a frase que teria sido proferida pela rainha Maria Antonieta (1755-1793), ao ser informada por um dos cortesões de que o barulho que a importunava vinha das massas famintas clamando por pão: “Por que não comem brioche?”

Tal contingência desumana tinha de desmoronar por força do curso inexorável da História. A população de Paris, em 14 de julho de 1789, desesperada, marchou contra a prisão, símbolo da tirania de que desejava livrar-se.

Abrir caminhos
Nesse filme há uma cena impressionante. Ela representa as pessoas que não temem abrir caminhos: o povo estava de um lado e aqueles que protegiam a Bastilha, do outro. Entretanto, os que ameaçavam invadi-la, com temor, não avançavam. De repente, um homem destacou-se do meio daquela multidão e atravessou a ponte que cobria o fosso, sendo abatido por uma descarga de tiros. Esse ato de coragem fez com que os demais o imitassem
e, assim, conseguissem entrar na fortaleza. Parece perspectiva romântica de um momento trágico, porém retrata de modo irretocável uma verdade: há sempre alguém que se sacrifica pela mudança substancial do status quo. Não é preciso levar bala para que as transformações ocorram. Há outros choques que ferem mais os vanguardeiros, a exemplo da incompreensão, da inveja, do preconceito, da perseguição e do boicote.

Na sequência do longa-metragem, observamos a tomada da prisão, destruída de cima a baixo.

Existem aqueles que, tentando minimizar o fato histórico, apresentam uma argumentação frugal de que o famoso cárcere não mais tinha relevância naquele período, pois apenas uns poucos presos lá se encontravam.

Ora, o que o povo demoliu não só foi a construção de pedra; no entanto, o mais expressivo emblema, para ele, do absolutismo dinástico!

E a palavra dinastia pode, por extensão, significar muita coisa, uma vez que funciona tanto no feudalismo quanto na burguesia, no capitalismo e no próprio comunismo. Dinastia não implica somente a sucessão por sangue. Existe uma pior: a da ambição desmedida que arrasa o ser vivente, sob qualquer regime.

Uma nova civilização
Hoje se faz necessário pôr abaixo as bastilhas invisíveis, todavia, de consequências bem palpáveis: espirituais, morais, psicológicas, do sentimento.

Façamos florescer uma civilização nova a partir da postura mental e espiritual elevada de cada criatura. Já dizia o filósofo: “A fronteira mais difícil a ser transposta é a do cérebro humano”. O homem foi à Lua, mas ainda não conhece a si mesmo.

O Templo da Boa Vontade — aclamado pelo povo como uma das sete maravilhas de Brasília e que, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), é o monumento mais visitado da capital do país — convida as criaturas a essa epopeia de empreender uma viagem ao seu próprio interior. Feito isso, sair até mesmo da Via Láctea será facílimo: desde que descubramos o âmago celeste de nosso ser, pois, na verdade, para o Espírito, o espaço não existe.

Assegurou Jesus: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho, segundo Marcos, 9:23).

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. 
paivanetto@lbv.org.br – www.boavontade.com

Funcionários sofrem queimaduras graves durante explosão de equipamento em empresa de Itajaí

Dois homens ficaram gravemente feridos em explosão de equipamento em uma empresa do bairro Salseiros, em Itajaí. Eles sofreram queimaduras de primeiro e segundo graus por todo o corpo. Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Itajaí, quando a ambulância chegou na Rode Removedores de Resíduos,os trabalhadores com idade entre 28 e 30 anos correram em direção aos socorristas, que fizeram os primeiros socorros e imediatamente levaram os dois ao Hospital Marieta Konder Bornhausen. 

Os bombeiros não chegaram a entrar na empresa e não sabem as circunstâncias do acidente de trabalho, mas os funcionários feridos teriam dito que houve uma explosão no martelete — equipamento usado para limpeza e perfuração de diversos tipos de estruturas. Os nomes e as idades das vítimas não foram divulgados.

A empresa atua com a limpeza de embarcações em áreas portuárias, logística e gerenciamento de cargas e resíduos perigosos, como petróleo.

Professor universitário é preso com simulacro de bomba no Aeroporto de Navegantes

A Polícia Federal de Itajaí mantém silêncio sobre a prisão de um professor universitário de 39 anos que tentou embarcar no Aeroporto de Navegantes com um artefato similar a uma bomba, na terça-feira. O objeto seria um simulacro, uma bomba falsa.

O homem estava acompanhado da família e deveria embarcar num voo para o Rio de Janeiro, às 8h5min. O objeto foi descoberto através do equipamento de raio-x, e ele foi impedido de seguir viagem. 

O professor foi preso em flagrante e levado à delegacia da Polícia Federal de Itajaí para prestar esclarecimentos. Segundo informações extraoficiais, ele teria sido liberado após pagar fiança. 

A Polícia Federal informou apenas que não vai se pronunciar sobre o caso. A segurança no Aeroporto de Navegantes foi reforçada devido à proximidade das Olimpíadas. 

A descoberta do objeto ocorreu horas antes do início do revezamento da tocha olímpica na região.