segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Hiroshima



Paiva Netto

No próximo 6 de agosto, precisamente às 8h15, completam-se 64 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, depois foi a vez de Nagasaki, também no Japão. Data que jamais será varrida das consciências sob risco de que — esquecidos desse abominável atentado à vida humana — o repitamos num grau de intensidade ainda maior, devastando não apenas uma cidade, mas o próprio planeta.

Um pouco de história

Agosto de 1945. Na Europa, Hitler se encontrava derrotado e morto. Berlim, destruída e ocupada pelos russos. Em 25 de julho, dias antes do impacto de “Little Boy” — apelido do petardo de cinco toneladas que matou cerca de 100 mil pessoas em solo japonês —, o presidente norte-americano, Harry Truman, decide usar contra o naquele tempo inimigo asiático o que ele mesmo designou em seu diário como “a coisa mais terrível já descoberta”.
Paul Tibbets foi o piloto da marinha escolhido para comandar o B-29 que decolou da ilha de Tinian. O avião, batizado com o nome de sua mãe, Enola Gay, levantou voo às 2h45min. Ao seu lado, na missão que entraria para a história e mudaria a geopolítica do século 20, estava o copiloto Robert Lewis, autor da famosa frase: “Meu Deus, o que fizemos!”.
Décadas se foram. Todavia, o relato de muitos sobreviventes a respeito do sofrimento atroz por que passaram, é, sem dúvida, uma das mais importantes bandeiras na luta pelo desarmamento e pela não-proliferação de armas nucleares.

“O perigo é real”

Contudo, acontecimentos diversos continuam sugerindo que a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não é ilusória. A humanidade corteja a morte. Basta lembrar os maus-tratos que promove contra sua própria moradia. A paz quase que não tem passado de figura de retórica. Em grande parte da trajetória humana, o período em que ela prevaleceu é ínfimo. Se é que já houve verdadeira paz neste mundo... Somente na alma de alguns bem-aventurados é que tem conseguido habitar. Por isso, com certeza, advertiu o papa João Paulo II (1920-2005), numa memorável alocução, na década de 1980, que “o perigo é real”.
A concórdia entre religiosos é a primeira a ser conquistada. A paz de consciência dos seres terrenos, gerada por uma nova postura ecumênica, porquanto altamente fraterna, prenuncia a paz social, a paz entre as instituições e a desejada paz mundial, sob a proteção do Pai Celeste, o maior diplomata da história deste orbe, não obstante nosso recorrente mau uso do livre-arbítrio. Para os que riem dessa realidade, uma pequena recordação do cético Voltaire (1694-1778): “Se Deus não existisse, precisaria ser inventado”.

John Kennedy e a paz

Muitas nações não estão diretamente envolvidas nos conflitos armados que nos flagelam, porém todas sofrem a opressão do medo ou da miséria, pela violência dos armamentos novos ou pelo desvio global de verba para a indústria da morte, em prejuízo da justa economia que gera instrução, educação, espiritualização, segurança, alimentação e saúde dos povos. Portanto, a guerra nos ofende a todos nestes tempos de comunicação rápida e de temporais de informações, que ameaçam, com seus raios e trovoadas, dar curto-circuito nos cérebros. Daí a inclusão que faço, neste bate-papo com Vocês, do pensamento de John Kennedy (1917-1963): “Só as armas não bastam para guardar a paz. Ela deve ser protegida pelos homens (...). A mera ausência de guerra não é paz”.
A Terra só descobrirá a paz quando viver o amor espiritual e souber reconhecer a verdade divina. No entanto, a divina verdade de um Deus que é Amor. Não a de um ser brutal e vingativo, inventado pelos desatinos humanos.
De fato, o perigo continua real. E nós, como tontos, no meio dele, nessa “briga de foice no escuro”. Quousque tandem, Catilina?
É essencial salientar as propostas e ações de autêntico entendimento. Conflitante rota para os povos será a do remédio amargo.
Por isso mesmo, não percamos a esperança. Perseveremos trabalhando “por um Brasil melhor e uma humanidade mais feliz”. Eis a direção da vitória. E não se trata de argumento simplório. A vida ensina, mas quantos de nós aprendemos a tempo?

Portal Gospel

Gostaria de dividir com vocês uma mensagem que me tocou profundamente. As novas gerações significam sempre a esperança de um mundo melhor: “Olá, caro José de Paiva Netto, me chamo Mateus, tenho 14 anos e venho através deste e-mail, parabenizá-lo pelos seus belos artigos. Fiquei conhecendo o trabalho de vocês por intermédio de um amigo meu, Edson Rodrigues, da LBV em Blumenau, e resolvi sempre publicar seus artigos em meu Portal Gospel. Fique na paz! E continue fazendo esse belo trabalho que tem feito até aqui!”.
Caro Mateus, fiquei muito feliz em perceber o valor de sua religiosidade ecumênica. Grato e muita paz para você também.

paivanetto@uol.com.br
www.boavontade.com


Menina morre com suspeita de gripe A

BRUSQUE - Uma menina morreu sábado no Hospital Azambuja com suspeita de gripe A. Domingo, dia 26, Renata Thalia Buenos, de três anos, apresentou os primeiros sinais de que não estava bem. De acordo com a mãe da menina, Tania Aparecida Nascimento, a filha apresentava febre acima de 39 graus, tosse seca e dores no corpo. Ela foi levada ao hospital, mas foi orientada a voltar para casa. No mesmo dia, à tarde, Tania retornou à emergência e novamente foi orientada a medicar a filha com um anti-inflamatório.Na última quarta-feira, Renata apresentou picos febris de 40 graus, além dos mesmos sintomas. Conforme a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Brusque, Vanilda Mafra Ghislandi, a menina foi internada em estado grave e o quadro clínico só piorou.– Ela teve uma evolução na piora muito grande. O pediatra dela notificou a suspeita de gripe A e então coletamos material para análise – explicou Vanilda.Tania reclamou do atendimento dado à filha no primeiro dia em que procurou auxílio médico. Segundo ela, não houve preocupação do médico quanto ao caso.– Mesmo minha filha passando muito mal, não perceberam que poderia ser gripe A. Me receitaram um remédio e ela só piorou – lamentou Tania.Vanilda garantiu que pediu à Secretaria de Saúde e ao Hospital Azambuja que apurem o caso e descubram se houve negligência médica.– Vamos apurar tudo e, em até 30 dias, teremos o resultado do exame para saber se ela realmente morreu por conta da gripe A – informou Vanilda.