Paiva Netto
No próximo 6 de agosto, precisamente às 8h15, completam-se 64 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, depois foi a vez de Nagasaki, também no Japão. Data que jamais será varrida das consciências sob risco de que — esquecidos desse abominável atentado à vida humana — o repitamos num grau de intensidade ainda maior, devastando não apenas uma cidade, mas o próprio planeta.
Um pouco de história
Agosto de 1945. Na Europa, Hitler se encontrava derrotado e morto. Berlim, destruída e ocupada pelos russos. Em 25 de julho, dias antes do impacto de “Little Boy” — apelido do petardo de cinco toneladas que matou cerca de 100 mil pessoas em solo japonês —, o presidente norte-americano, Harry Truman, decide usar contra o naquele tempo inimigo asiático o que ele mesmo designou em seu diário como “a coisa mais terrível já descoberta”.
Paul Tibbets foi o piloto da marinha escolhido para comandar o B-29 que decolou da ilha de Tinian. O avião, batizado com o nome de sua mãe, Enola Gay, levantou voo às 2h45min. Ao seu lado, na missão que entraria para a história e mudaria a geopolítica do século 20, estava o copiloto Robert Lewis, autor da famosa frase: “Meu Deus, o que fizemos!”.
Décadas se foram. Todavia, o relato de muitos sobreviventes a respeito do sofrimento atroz por que passaram, é, sem dúvida, uma das mais importantes bandeiras na luta pelo desarmamento e pela não-proliferação de armas nucleares.
“O perigo é real”
Contudo, acontecimentos diversos continuam sugerindo que a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não é ilusória. A humanidade corteja a morte. Basta lembrar os maus-tratos que promove contra sua própria moradia. A paz quase que não tem passado de figura de retórica. Em grande parte da trajetória humana, o período em que ela prevaleceu é ínfimo. Se é que já houve verdadeira paz neste mundo... Somente na alma de alguns bem-aventurados é que tem conseguido habitar. Por isso, com certeza, advertiu o papa João Paulo II (1920-2005), numa memorável alocução, na década de 1980, que “o perigo é real”.
A concórdia entre religiosos é a primeira a ser conquistada. A paz de consciência dos seres terrenos, gerada por uma nova postura ecumênica, porquanto altamente fraterna, prenuncia a paz social, a paz entre as instituições e a desejada paz mundial, sob a proteção do Pai Celeste, o maior diplomata da história deste orbe, não obstante nosso recorrente mau uso do livre-arbítrio. Para os que riem dessa realidade, uma pequena recordação do cético Voltaire (1694-1778): “Se Deus não existisse, precisaria ser inventado”.
John Kennedy e a paz
Muitas nações não estão diretamente envolvidas nos conflitos armados que nos flagelam, porém todas sofrem a opressão do medo ou da miséria, pela violência dos armamentos novos ou pelo desvio global de verba para a indústria da morte, em prejuízo da justa economia que gera instrução, educação, espiritualização, segurança, alimentação e saúde dos povos. Portanto, a guerra nos ofende a todos nestes tempos de comunicação rápida e de temporais de informações, que ameaçam, com seus raios e trovoadas, dar curto-circuito nos cérebros. Daí a inclusão que faço, neste bate-papo com Vocês, do pensamento de John Kennedy (1917-1963): “Só as armas não bastam para guardar a paz. Ela deve ser protegida pelos homens (...). A mera ausência de guerra não é paz”.
A Terra só descobrirá a paz quando viver o amor espiritual e souber reconhecer a verdade divina. No entanto, a divina verdade de um Deus que é Amor. Não a de um ser brutal e vingativo, inventado pelos desatinos humanos.
De fato, o perigo continua real. E nós, como tontos, no meio dele, nessa “briga de foice no escuro”. Quousque tandem, Catilina?
É essencial salientar as propostas e ações de autêntico entendimento. Conflitante rota para os povos será a do remédio amargo.
Por isso mesmo, não percamos a esperança. Perseveremos trabalhando “por um Brasil melhor e uma humanidade mais feliz”. Eis a direção da vitória. E não se trata de argumento simplório. A vida ensina, mas quantos de nós aprendemos a tempo?
Portal Gospel
Gostaria de dividir com vocês uma mensagem que me tocou profundamente. As novas gerações significam sempre a esperança de um mundo melhor: “Olá, caro José de Paiva Netto, me chamo Mateus, tenho 14 anos e venho através deste e-mail, parabenizá-lo pelos seus belos artigos. Fiquei conhecendo o trabalho de vocês por intermédio de um amigo meu, Edson Rodrigues, da LBV em Blumenau, e resolvi sempre publicar seus artigos em meu Portal Gospel. Fique na paz! E continue fazendo esse belo trabalho que tem feito até aqui!”.
Caro Mateus, fiquei muito feliz em perceber o valor de sua religiosidade ecumênica. Grato e muita paz para você também.
paivanetto@uol.com.br
www.boavontade.com
No próximo 6 de agosto, precisamente às 8h15, completam-se 64 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, depois foi a vez de Nagasaki, também no Japão. Data que jamais será varrida das consciências sob risco de que — esquecidos desse abominável atentado à vida humana — o repitamos num grau de intensidade ainda maior, devastando não apenas uma cidade, mas o próprio planeta.
Um pouco de história
Agosto de 1945. Na Europa, Hitler se encontrava derrotado e morto. Berlim, destruída e ocupada pelos russos. Em 25 de julho, dias antes do impacto de “Little Boy” — apelido do petardo de cinco toneladas que matou cerca de 100 mil pessoas em solo japonês —, o presidente norte-americano, Harry Truman, decide usar contra o naquele tempo inimigo asiático o que ele mesmo designou em seu diário como “a coisa mais terrível já descoberta”.
Paul Tibbets foi o piloto da marinha escolhido para comandar o B-29 que decolou da ilha de Tinian. O avião, batizado com o nome de sua mãe, Enola Gay, levantou voo às 2h45min. Ao seu lado, na missão que entraria para a história e mudaria a geopolítica do século 20, estava o copiloto Robert Lewis, autor da famosa frase: “Meu Deus, o que fizemos!”.
Décadas se foram. Todavia, o relato de muitos sobreviventes a respeito do sofrimento atroz por que passaram, é, sem dúvida, uma das mais importantes bandeiras na luta pelo desarmamento e pela não-proliferação de armas nucleares.
“O perigo é real”
Contudo, acontecimentos diversos continuam sugerindo que a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não é ilusória. A humanidade corteja a morte. Basta lembrar os maus-tratos que promove contra sua própria moradia. A paz quase que não tem passado de figura de retórica. Em grande parte da trajetória humana, o período em que ela prevaleceu é ínfimo. Se é que já houve verdadeira paz neste mundo... Somente na alma de alguns bem-aventurados é que tem conseguido habitar. Por isso, com certeza, advertiu o papa João Paulo II (1920-2005), numa memorável alocução, na década de 1980, que “o perigo é real”.
A concórdia entre religiosos é a primeira a ser conquistada. A paz de consciência dos seres terrenos, gerada por uma nova postura ecumênica, porquanto altamente fraterna, prenuncia a paz social, a paz entre as instituições e a desejada paz mundial, sob a proteção do Pai Celeste, o maior diplomata da história deste orbe, não obstante nosso recorrente mau uso do livre-arbítrio. Para os que riem dessa realidade, uma pequena recordação do cético Voltaire (1694-1778): “Se Deus não existisse, precisaria ser inventado”.
John Kennedy e a paz
Muitas nações não estão diretamente envolvidas nos conflitos armados que nos flagelam, porém todas sofrem a opressão do medo ou da miséria, pela violência dos armamentos novos ou pelo desvio global de verba para a indústria da morte, em prejuízo da justa economia que gera instrução, educação, espiritualização, segurança, alimentação e saúde dos povos. Portanto, a guerra nos ofende a todos nestes tempos de comunicação rápida e de temporais de informações, que ameaçam, com seus raios e trovoadas, dar curto-circuito nos cérebros. Daí a inclusão que faço, neste bate-papo com Vocês, do pensamento de John Kennedy (1917-1963): “Só as armas não bastam para guardar a paz. Ela deve ser protegida pelos homens (...). A mera ausência de guerra não é paz”.
A Terra só descobrirá a paz quando viver o amor espiritual e souber reconhecer a verdade divina. No entanto, a divina verdade de um Deus que é Amor. Não a de um ser brutal e vingativo, inventado pelos desatinos humanos.
De fato, o perigo continua real. E nós, como tontos, no meio dele, nessa “briga de foice no escuro”. Quousque tandem, Catilina?
É essencial salientar as propostas e ações de autêntico entendimento. Conflitante rota para os povos será a do remédio amargo.
Por isso mesmo, não percamos a esperança. Perseveremos trabalhando “por um Brasil melhor e uma humanidade mais feliz”. Eis a direção da vitória. E não se trata de argumento simplório. A vida ensina, mas quantos de nós aprendemos a tempo?
Portal Gospel
Gostaria de dividir com vocês uma mensagem que me tocou profundamente. As novas gerações significam sempre a esperança de um mundo melhor: “Olá, caro José de Paiva Netto, me chamo Mateus, tenho 14 anos e venho através deste e-mail, parabenizá-lo pelos seus belos artigos. Fiquei conhecendo o trabalho de vocês por intermédio de um amigo meu, Edson Rodrigues, da LBV em Blumenau, e resolvi sempre publicar seus artigos em meu Portal Gospel. Fique na paz! E continue fazendo esse belo trabalho que tem feito até aqui!”.
Caro Mateus, fiquei muito feliz em perceber o valor de sua religiosidade ecumênica. Grato e muita paz para você também.
paivanetto@uol.com.br
www.boavontade.com
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