quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pela tolerância religiosa, um caminho para a Paz


Paiva Netto

Na próxima segunda-feira, 21/1, a partir das 9 horas, ocorrerá na Cinelândia, no Rio de Janeiro/RJ, importante iniciativa inter-religiosa, “Cantando a gente se entende”. O evento, que celebrará o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, será promovido pela Comissão contra a Intolerância Religiosa (CCIR) e terá o apoio da Globo-Rio (Rede Globo de Televisão).
A Religião de Deus, a Religião do Amor Universal, participará do ensejo com estande, apresentações musicais, culturais e celebrativas.
Na terça-feira, 22/1, às 14h30, no Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) realizará um Ato pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e pelo Dia Mundial da Religião. Segundo nos informa a assessora da Política de Diversidade Religiosa da SDH, sra. Marga Janete Ströher, na mesma data, a ilustre ministra Maria do Rosário Nunes anunciará a portaria da criação do Comitê Nacional de Diversidade Religiosa.
Esses dois importantes eventos contarão com a presença de diversas tradições religiosas e espirituais.
O nosso contributo terá como fundamentos o Ecumenismo Irrestrito, o Ecumenismo Total, o Ecumenismo dos Corações e o Ecumenismo Divino. São quatro pilares que vimos desenvolvendo em ações práticas desde 1950, quando Alziro Zarur (1914-1979) começou no Brasil, na sede da ABI, Associação Brasileira de Imprensa, o diálogo inter-religioso com a Cruzada de Religiões Irmanadas.

ARMAGEDONS, DESPERDÍCIO E CRACK
Aprendamos a respeitar a Vida, do contrário a deusa morte multiplicará o seu trabalho. Foi o que reafirmei em 1991, na Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, Portugal, gravando o programa “Boa Vontade”, para a Rede Bandeirantes de Televisão, do Brasil.
Muita gente pensa que o Armagedom (Apocalipse de Jesus, 16:16) se refere apenas à possibilidade de guerra nuclear, química, bacteriológica, cibernética. Mas qualquer desrespeito às criaturas, que nem mesmo podem defender-se no útero materno, é um Armagedom. O crime organizado é um Armagedom. O analfabetismo material e espiritual é um Armagedom. A implosão da família é um Armagedom. O avanço tecnológico sem o espírito de solidariedade social é um Armagedom. O fanatismo religioso é um Armagedom. O materialismo desbragado é um Armagedom. A fome é um Armagedom. O Armagedom está à nossa mesa: os vegetais cheios de agrotóxicos, as carnes repletas de antibióticos e hormônios. O Armagedom reflete-se nas águas poluídas dos oceanos, lagos, rios e, mesmo, fontes. Os flagelados da seca e das inundações padecem um Armagedom. Sair às ruas para o serviço, o estudo ou a diversão, sem a certeza de um retorno tranquilo ao lar, diante da violência e da insegurança que por toda parte hoje se manifestam, o que é isso senão um Armagedom? A falta de Amor nos corações é um gerador de Armagedons. As pessoas ficam esperando o Armagedom, e ele já está aí... criado por nós.
E vejam só a conclusão do recente estudo inglês, “Global Food; Waste not, Want not”, que constitui outro inacreditável Armagedom. Ele aponta que, a cada ano, cerca de dois bilhões de toneladas de alimentos têm como destino o lixo. É simplesmente metade da comida do planeta. Esses números, sobre o desperdício que ocorre no mundo, revelam paradoxo capaz de questionar nossa própria condição de civilizados.
Entretanto, os problemas têm solução quando os seres humanos realmente se dispõem a resolvê-los. É uma questão de respeito ao divino privilégio de existir. Por isso, aqui se encaixa como uma luva este pensamento de Henry Ford (1863-1947), que certa vez definiu a Boa Vontade como a maior força da Vida: “Os tempos de riqueza não nascem por acaso. Surgem como resultado de muito esforço e pertinácia”.
Esse mesmo empenho devemos empregar no combate às drogas que infelicitam tantas famílias e na devida reabilitação dos seus usuários. O crack, o álcool, o tabaco, só para citar alguns, são, portanto, lamentáveis Armagedons a serem superados. Diz uma campanha do governo brasileiro: “Com o compromisso de todos é possível vencer o crack”. Eis uma consciência imprescindível em qualquer frente de trabalho.

PERTO DE JESUS, LONGE DOS PROBLEMAS
Digo sempre aos jovens na LBV: Quanto mais perto de Jesus, mais longe dos problemas.
No Evangelho do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, encontramos excelentes diretrizes do comportamento ideal para a vivência em sociedade, tendo o bom senso como guia de todas as horas.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

Homem morre em acidente na Via Expressa em Blumenau

Vinicius Theobald, de 24 anos, morreu em um acidente na Via Expressa, em Blumenau, na madrugada desta quarta-feira. O acidente foi por volta das 3h30min.
O jovem dirigia um Fox com placas de Blumenau, no sentido BR-470. Conforme a Guarda de Trânsito, ele teria perdido o controle da direção, bateu no meio fio e capotou. O carro parou no trevo da Rua Francisco  Vahldieck.
Os bombeiros foram chamados e encontraram o homem dentro do carro, com o cinto de segurança, sem vida.

Polícia prende homem que mantinha dez trabalhadores em condições de trabalho escravo em Ituporanga

Nesta terça-feira (22), a Polícia Civil prendeu em flagrante Valdecir Antunes Rodrigues, conhecido por “Marrom” ou “Gato”, por manter 10 homens, incluindo um adolescente de 16 anos, trabalhando com o corte de eucalipto, em condições análogas à de escravo, em uma fazenda no bairro Vila Nova. Os trabalhadores foram todos resgatados da situação subumana que se encontravam.

Após informações levantadas pela equipe da Delegacia de Ituporanga, coordenados pelos Delegados Nelson Vidal e Gustavo Reis, foram verificadas a situação degradante que os trabalhadores eram submetidos. As vítimas eram obrigadas a morar no local, tinham péssimas condições trabalho e a jornada diária era de 10h a 12h. Nenhum deles era registrado e recebiam quantia ínfima pelo labor desenvolvido (enquanto o preço de mercado para este tipo de serviço é de R$60,00 a R$100, os trabalhadores recebiam R$ 30). Muitas vezes eram pagos na forma de “vale”.

Praticamente não se respeitavam minimamente as condições de higiene. Os homens habitavam um galpão desprovido de paredes laterais, inexistia banheiro, apenas havia um local improvisado para realizarem suas necessidades fisiológicas. O banho, quando realizado, era por meio de um cano com água gelada, e os poucos gêneros alimentícios ficavam em cima de uma madeira. Não havia mesa nem dispensa. Além disso, não havia qualquer material de proteção no trabalho de corte de pinus (bota, capacete, luvas, etc).

“Marrom” era o intermediário do crime, que recrutava os trabalhadores no município de Pinhão (PR) e trazia-os para Santa Catarina. Apesar da situação semelhante à escravidão, nenhuma das vítimas denunciava o crime, pois tinham medo de “Marrom”, por isso também não saiam do trabalho.

A Polícia Civil ouviu todos os 10 trabalhadores e confirmou a denúncia, que foi registrada em vídeo e fotos. Conforme o Delegado Vidal, as investigações prosseguem com o objetivo de esclarecer todas as circunstâncias, inclusive com o intuito de apurar o suposto envolvimento de dois grandes empresários da região, que são os proprietários das terras onde os trabalhadores trabalhavam e moravam.