Na próxima segunda-feira, 21/1, a partir das 9 horas, ocorrerá na
Cinelândia, no Rio de Janeiro/RJ, importante iniciativa inter-religiosa, “Cantando a gente se
entende”. O evento, que celebrará o Dia Nacional de
Combate à Intolerância Religiosa, será promovido pela Comissão contra a
Intolerância Religiosa (CCIR) e terá o apoio da Globo-Rio (Rede Globo de
Televisão).
A Religião de Deus, a Religião do Amor
Universal, participará do ensejo com estande, apresentações musicais, culturais
e celebrativas.
Na terça-feira, 22/1, às 14h30, no Templo da Boa
Vontade, em Brasília/DF, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH) realizará um Ato pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância
Religiosa e pelo Dia Mundial da Religião. Segundo nos informa a assessora da
Política de Diversidade Religiosa da SDH, sra. Marga
Janete Ströher, na mesma data, a ilustre
ministra Maria do Rosário Nunes anunciará a portaria da criação do Comitê
Nacional de Diversidade Religiosa.
Esses dois importantes eventos contarão com a
presença de diversas tradições religiosas e espirituais.
O nosso contributo terá como fundamentos o
Ecumenismo Irrestrito, o Ecumenismo Total, o Ecumenismo dos Corações e o
Ecumenismo Divino. São quatro pilares que vimos desenvolvendo em ações práticas
desde 1950, quando Alziro Zarur (1914-1979) começou no Brasil, na sede da ABI,
Associação Brasileira de Imprensa, o diálogo inter-religioso com a Cruzada de
Religiões Irmanadas.
ARMAGEDONS, DESPERDÍCIO E CRACK
Aprendamos a respeitar a Vida, do contrário a deusa
morte multiplicará o seu trabalho. Foi o que reafirmei em 1991, na Serra do
Pilar, em Vila Nova
de Gaia, Portugal, gravando o programa “Boa Vontade”, para a Rede Bandeirantes
de Televisão, do Brasil.
Muita gente pensa que o Armagedom (Apocalipse de Jesus,
16:16) se refere apenas à possibilidade de guerra nuclear, química,
bacteriológica, cibernética. Mas qualquer desrespeito às criaturas, que nem
mesmo podem defender-se no útero materno, é um Armagedom. O crime organizado é
um Armagedom. O analfabetismo material e espiritual é um Armagedom. A implosão
da família é um Armagedom. O avanço tecnológico sem o espírito de solidariedade
social é um Armagedom. O fanatismo religioso é um Armagedom. O materialismo
desbragado é um Armagedom. A fome é um Armagedom. O Armagedom está à nossa
mesa: os vegetais cheios de agrotóxicos, as carnes repletas de antibióticos e
hormônios. O Armagedom reflete-se nas águas poluídas dos oceanos, lagos, rios e,
mesmo, fontes. Os flagelados da seca e das inundações padecem um Armagedom.
Sair às ruas para o serviço, o estudo ou a diversão, sem a certeza de um
retorno tranquilo ao lar, diante da violência e da insegurança que por toda
parte hoje se manifestam, o que é isso senão um Armagedom? A falta de Amor nos
corações é um gerador de Armagedons. As pessoas ficam esperando o Armagedom, e
ele já está aí... criado por nós.
E vejam só a conclusão do recente estudo inglês, “Global
Food; Waste not, Want not”, que constitui outro inacreditável Armagedom. Ele
aponta que, a cada ano, cerca de dois bilhões de toneladas de alimentos têm
como destino o lixo. É simplesmente metade da comida do planeta. Esses números,
sobre o desperdício que ocorre no mundo, revelam paradoxo capaz de questionar
nossa própria condição de civilizados.
Entretanto, os problemas têm solução quando os seres
humanos realmente se dispõem a resolvê-los. É uma questão de respeito ao divino
privilégio de existir. Por isso, aqui se encaixa como uma luva este pensamento
de Henry Ford (1863-1947), que certa vez definiu a Boa Vontade como a maior
força da Vida: “Os tempos de riqueza não nascem por acaso. Surgem como
resultado de muito esforço e pertinácia”.
Esse mesmo empenho devemos empregar no combate às drogas
que infelicitam tantas famílias e na devida reabilitação dos seus usuários. O crack, o álcool, o tabaco, só para
citar alguns, são, portanto, lamentáveis Armagedons a serem superados. Diz uma
campanha do governo brasileiro: “Com o compromisso de todos é possível vencer o
crack”. Eis uma consciência imprescindível
em qualquer frente de trabalho.
PERTO DE
JESUS, LONGE DOS PROBLEMAS
Digo sempre aos jovens na LBV: Quanto mais perto de
Jesus, mais longe dos problemas.
No Evangelho do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista,
encontramos excelentes diretrizes do comportamento ideal para a vivência em
sociedade, tendo o bom senso como guia de todas as horas.
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e
escritor.