sexta-feira, 13 de julho de 2012

Tecnologias assistivas

Paiva Netto

Neste mundo globalizado, em que as tecnologias se aprimoram a uma velocidade que impressiona, abre-se um leque de oportunidades para a inclusão, no mercado de trabalho, de pessoas com deficiência. Contudo, muitas dessas novas ferramentas esbarram no despreparo e na desinformação de uma parcela da sociedade.

Segundo a analista de tecnologia assistiva da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), Karolline Fernandes Sales, ela própria deficiente visual, as empresas usam três argumentos para não contratar alguém com baixa ou nenhuma visão. “Um deles é o desconhecimento. Para a maioria dos empregadores, o cego não tem condições de trabalhar, de chegar ao local de trabalho. Outro empecilho é o de não saber utilizar um computador; sem falar do custo do leitor de tela, que varia de R$ 1,3 mil a R$ 1,7 mil ou um pouco mais. O terceiro argumento é o de que não existem pessoas qualificadas no mercado”, afirmou.

Em entrevista ao programa “Sociedade Solidária”, da Boa Vontade TV (canal 23 da SKY), Karolline Sales, que também exerce a função de assessora de comunicação da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), contestou: “Conheço várias pessoas com deficiência visual graduadas, pós-graduadas, que já concluíram o mestrado. Então, esse argumento da falta de qualificação é mais hipotético do que real. Claro que existem indivíduos sem qualificação, não só com deficiência, mas sem deficiência também. A Avape, inclusive, é uma das pioneiras em capacitar pessoas com deficiência, não só a visual”.

Um dos principais avanços no que diz respeito à inclusão social foi a implementação da Lei de Cotas. Karolline Sales esclareceu: “Essa lei determina, de acordo com a quantidade de empregados, a contratação do trabalhador deficiente. A grande dificuldade dos empresários, dos gestores, é como contratar, onde buscar esse profissional? É aí que entra a Avape”.



OPORTUNIDADE E COMPETÊNCIA

No programa, foi apresentada uma matéria com o depoimento do deficiente visual Edi Carlos de Souza. Com apenas 1% de visão, ele procurou a Avape para recolocação profissional e começou a prestar serviço para a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), do Estado de São Paulo. Sobre a sua capacitação, Edi Carlos comentou: “Precisei passar por treinamentos porque uso dois sistemas. Um de leitor de tela — para acompanhar as informações do computador — e outro do próprio sistema do ‘Emprega São Paulo’”. Orgulhoso de sua profissão, ele desabafou: “Infelizmente, no Brasil temos falta de informação em relação ao deficiente. Hoje em dia, a tecnologia e os mecanismos de acesso estão aí para todo o mundo verificar. O que a pessoa deficiente precisa? De uma oportunidade. Esse é o xis da questão. Ninguém pode ser julgado pela deficiência. Primeiro, o empregador tem que avaliar a capacidade, e não a deficiência”.

E arrematou: “Você, que tem alguma deficiência, nunca se esconda. Estude, faça cursos, procure, pois o mercado está precisando. E vocês, que são empregadores, sempre acreditem e nunca prejulguem um deficiente. Deem a ele uma oportunidade, depois o avaliem”.

Diante do exposto, é gratificante saber que, apesar dos obstáculos, mais deficientes conquistam a cada dia maior reconhecimento na sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho.



José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com



Viaduto na Avenida das Comunidades em Gaspar é liberado para tráfego de veículos

A passagem superior do viaduto da Avenida das Comunidades, no Centro de Gaspar, foi liberada nesta sexta-feira para o tráfego de veículos. Nesta quinta-feira, operários trabalhavam na conclusão da sinalização horizontal e vertical do trecho e no acabamento da estrutura. O viaduto poderá ser utilizado por todos os veículos que seguem no sentido Ilhota-Blumenau e no sentido inverso.

As obras prosseguem na parte inferior do viaduto, que servirá de ligação entre as ruas Mario Vanzuita e Arnoldo Schramm. A pista, antes usada para seguir a Blumenau, será totalmente desviada para o trecho novo.

A área receberá obras de escavação, colocação de pavimento e calçadas na parte inferior do viaduto, que devem ser concluídas até a primeira semana de agosto. A Rua Arnoldo Schramm, que liga ao Bairro Gasparinho, ficará interditada durante os trabalhos.

O acesso ao bairro e a saída serão feitos exclusivamente pela Rua Prefeito Leopoldo Schramm, próximo às Linhas Círculo. A rota alternativa - da Rua Leopoldo Schramm até a Rua Arnoldo Schramm , por onde o fluxo de veículos foi desviado durante as obras do acesso superior, será mantida no futuro.

Conforme o diretor de Trânsito, Jackson José dos Santos, a via sofreu danos devido ao tráfego pesado de veículos, mas receberá melhorias para funcionar como rota alternativa quando todo o complexo estiver pronto.

O objetivo das obras é diminuir os congestionamentos no Centro. A medida permite a redução de semáforos no trecho para que haja menos paradas ao longo do trajeto.

Homem que atirou e matou jovem em Blumenau, consegue alvará de soltura

Arcides Urbano da Silva, 69 anos, que disparou contra Kleber Bleichuvehl, 21 anos, na manhã desta quinta-feira, na Rua 7 de Setembro, em Blumenau, foi solto do Presídio Regional de Blumenau na noite de quinta. Foi apresentado ao presídio um alvará de soltura da 1º Vara Criminal.

O homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar e encaminhado durante a manhã foi encaminhado ao Presídio Regional de Blumenau.

Silva admitiu que atirou para dar um susto em grupo de jovens. Um dos disparos acertou Bleichuvehl, que trabalhava como assador em uma churrascaria.

Quando o Samu e a Divisão de Homicídios da DIC chegaram ao local, o jovem já estava morto. Segundo Silva, os jovens estavam fazendo barulho na frente da casa onde ele é caseiro.

Segundo a Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil de Blumenau, o homem alegou que, diante do barulho, fez diversos disparos com uma carabina calibre 22 contra o grupo.