segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais de 600 voluntários já ajudaram às vítimas das cheias em Itajaí

A vontade de ajudar o próximo não tem limites em Itajaí. Desde quinta-feira (08) quando a ameaça de enchente se confirmava voluntários se apresentavam na Defesa Civil para ajudar no que fosse preciso.

A estimativa é de que mais de 600 voluntários já tenham ajudado às vitimas das cheias nos abrigos, no Centreventos e na Defesa Civil. Somente no Centreventos, onde os donativos são recebidos, separados e enviados à população, já passaram cerca de 300 voluntários. O estudante da E.B Arnaldo Brandão, Carlos Patrick de Souza de 14 anos, reuniu os amigos da Igreja Mevan e desde sábado (10) está aqui. “Já ajudei na separação dos alimentos e também na entrega junto com o exército, fazendo o cadastro das famílias beneficiadas. O prazer de ajudar as pessoas é que me dá forças para estar aqui” explica.

Com a missão de “sempre servir” o chefe de escoteiro Hygino Macelino Aguiar Neto está desde sexta-feira (09) no centreventos e pôde acompanhar a chegada dos primeiros donativos. Hygino que é judeu não poupou nem o sábado, dia sagrado para ele. “Não considero o serviço voluntário um trabalho, por isso permaneci aqui fazendo minhas orações e ajudando quem precisa” se emociona.

Dentre os voluntários também estão vítimas da enchente. Na casa de Keytt Souza, no Rio Bonito, a água atingiu cerca de 1 metro. A tristeza da estudante de 24 anos deu lugar à alegria de ajudar quem perdeu mais do que ela. “Na Defesa Civil fui uma das encarregadas pela organização das equipes de resgate. Prestamos socorro a vítimas de parada cardíaca, choque anafilático e até gestantes que davam à luz, e hoje estou aqui separando os kits de limpeza. Para casa só volto quando nossa missão for encerrada” afirma.

Para garantir a energia dos voluntários que trabalham no Centreventos cinco integrantes da equipe de suprimentos do 63º Batalhão de Infantaria de Florianópolis são responsáveis pela alimentação. Café da manhã, almoço, lanche da tarde e ceia são servidos aos voluntários e toda a equipe que trabalha no local. De acordo com o Sargento Losekann, responsável pela cozinha, são servidas em média 600 refeições por dia. “Arroz, feijão, carne e salada fazem parte das refeições principais. Além disso, durante todo o dia oferecemos frutas à vontade para garantir a energia de quem está ajudando Itajaí”.

Moradores de Itajaí enfrentam preço abusivo da água e escassez de alimentos

A lei da oferta e da procura não alivia nem em época de tragédia e flagelo nas áreas atingidas por enchente. Moradores de Itajaí reclamam dos preços abusivos no comércio, principalmente na venda da água.

Em algumas regiões da cidade, a inflação da tragédia provocou reajuste de 400% na bombona de água. Quem ainda não recebeu doações precisar pagar a conta. Há comerciantes que colocaram em R$ 20 a unidade perto das áreas atingidas.

O Procon alerta as pessoas para guardarem as notas ficais, comprovando o preço abusivo. O cupom serve para o órgão requerer reajuste em caso de cobrança indevida.

A comida também é algo escasso nos bairros prejudicados pelas cheias. Com o comércio, entre eles mercados, padarias e armazéns cerrados em grades para evitar saques ou por estarem submersos, não há onde comprar comida desde quinta-feira. O funcionamento só deve se normalizar durante a semana. Até lá, os atingidos se viram como pode.

Caixa e prefeitura de Blumenau avaliam liberação de FGTS para pessoas atingidas pela enchente

A superintendência regional da Caixa Econômica Federal e prefeitura de Blumenau se reúnem nesta segunda-feira para conversar sobre a possível liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as pessoas atingidas pela enchente.

Segundo o superintendente da Caixa, Renato Scalabrin, o encontro servirá para esclarecer quais os documentos necessários para dar o encaminhamento ao pedido. Entre eles está um mapeamento completo das áreas afetadas. Por isso, representantes da Defesa Civil e da Secretaria de Assistência Social de Blumenau devem participar do encontro para dar um panorama mais completo da situação. A partir daí poderá ser estimado um cronograma de datas e pagamentos.

Ainda não se sabe se todos os moradores de Blumenau poderão ser contemplados ou se serão somente os efetivamente atingidos pela enchente.

De acordo com Scalabrin, Blumenau foi a primeira cidade do Vale e agendar reunião com a Caixa para buscar a liberação do FGTS.

Maioria dos moradores ainda não conseguiu voltar para casa em Rio do Sul

Depois da chuva, Rio do Sul amanheceu com muito lodo e poeira. Nas ruas, as pessoas contabilizam os prejuízos.

Durante a noite, mesmo com toque de recolher, muitos circularam pela cidade. A maioria estava em vigília às lojas — muitas delas saqueadas na noite anterior. A segurança foi garantida pelas polícias Militar e Civil, com apoio do Exército.

A água baixa lentamente e a maior parte das pessoas ainda não conseguiu voltar para casa. Há necessidade de água e alimentos não-perecíveis. As doações podem ser entregues no Colégio Dom Bosco, no Centro, e no Centro Social Urbano Boa Vista (CSU).

Homem é morto a tiros na Itoupava Central, em Blumenau

Jean Alexandre Hillesheim, 38 anos, foi morto a tiros na madrugada de domingo na Rua Virgínia Ferreira. A vítima foi baleada no abdômen.

Segundo a Polícia Militar (PM), a viatura chegou ao local depois que testemunhas relataram ter ouvido quatro tiros.

Os disparos teriam sido feitos de um revólver calibre 38. O suspeito teria fugido do local em um Uno vermelho. O homicídio, de acordo com a PM, teria ocorrido depois de uma discussão entre os dois.

Está preso casal suspeitos de ter matado homem na rodoviária de Blumenau

Cristiano Galvão e Patrícia da Silva foram presos, domingo à noite, suspeitos de ter matado Eurico Emílio da Silva Narciso, de 29 anos, na rodoviária de Blumenau.

O crime ocorreu por volta das 23h30min de domingo. Narciso foi esfaqueado.

O casal foi preso na Via Expressa. A Polícia Civil está investigando qual seria a causa do crime.

Este ano, 24 pessoas foram assassinadas em Blumenau.