Um homem
rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo
de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer
isso. Pediu, então, papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que
estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação,
pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim:
"Deixo meus bens a minha irmã não a
meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres"
Morreu,
antes de fazer a pontuação.
Para quem
deveria ficar a fortuna?
O sobrinho
fez a seguinte pontuação:
Deixo meus
bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.
A irmã
chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus
bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.
O padeiro
puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus
bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.
Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação:
Deixo
meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do
padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Assim
é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que
colocamos a pontuação. E isso faz toda a diferença.
Quando
acordamos, todas as manhãs, podemos interpretar o novo dia como uma nova
oportunidade de ser feliz, ou como mais um dia difícil de viver. Cada palavra
que ouvimos pode ser interpretada da forma que quisermos. Podemos lembrar do
nosso dia, ao fim da noite, recordando dos sorrisos e das coisas boas que
aprendemos, ou lembrar das ofensas que ouvimos. Cada um escolhe o que quer
lembrar.