sábado, 5 de abril de 2014

O Mistério da Herança

Um homem rico estava muito mal, agonizando. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então,  papel e caneta. Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou complicando ainda mais a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação. Escreveu assim: 
"Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres"
Morreu, antes de fazer a pontuação.

Para quem deveria ficar a fortuna?

O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O padeiro puxou a brasa pra sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

Então, chegaram os pobres da cidade. Espertos, fizeram esta interpretação: 
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Assim é a vida. Pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que colocamos a pontuação. E isso faz toda a diferença.

Quando acordamos, todas as manhãs, podemos interpretar o novo dia como uma nova oportunidade de ser feliz, ou como mais um dia difícil de viver. Cada palavra que ouvimos pode ser interpretada da forma que quisermos. Podemos lembrar do nosso dia, ao fim da noite, recordando dos sorrisos e das coisas boas que aprendemos, ou lembrar das ofensas que ouvimos. Cada um escolhe o que quer lembrar.