segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Dois são mortos durante tiroteio em Camboriú

Duas pessoas morreram após um tiroteio na madrugada deste domingo em Camboriú. De acordo com a Polícia Civil, Mateus Simeão, 15 anos, estava dentro de um Honda Civic quando foi atingido nas costas. Já Charles Ribeiro, 25 anos, foi baleado por três tiros, chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Militar informou que foi acionada pouco depois da meia-noite para atender uma ocorrência de disparos de arma de fogo na Rua Monte Meru, bairro Monte Alegre. No local, os policiais encontraram vários estojos de pistola 9 mm e foram informados de que um homem de 25 anos tinha dado entrada no Hospital Ruth Cardoso. Segundo a PM, quem o deixou na unidade foi embora logo em seguida. A vítima morreu pouco depois de receber atendimento.
Por volta da 1h, a PM soube que um Honda Civic havia chegado ao Hospital de Camboriú com um adolescente morto no banco de trás. Simeão teria sido atingido por uma bala que atravessou o porta-malas do automóvel, de acordo com a polícia.
Conforme a Civil, tanto o garoto de 15 anos como o jovem de 25 estariam envolvidos em um tiroteio no bairro Monte Alegre. Ainda não há suspeitos da autoria do crime. O Instituto Geral de Perícias e o Instituto Médico Legal foram acionados para apurar o caso.

Vale do Itajaí ganha reforço temporário para buscas e resgates com helicóptero

Com uma base montada no Parque Ramiro Ruediger, em Blumenau, o Vale do Itajaí terá reforço do helicóptero do Corpo de Bombeiros Arcanjo 03 para operar em situações de busca e resgate em parceria com profissionais do Samu. Mas os trabalhos na região têm tempo limitado: começam quarta-feira e terminam dia 30. A estratégia é uma tentativa de sensibilizar o poder público para manter a operação no município após esse período.

A presença da aeronave em Blumenau é justificada pela densidade demográfica regional, índice de acidentes nas rodovias, proximidade com o Litoral Norte, eventos climáticos que historicamente afetam a região e pelo fluxo de turistas no período de festas de outubro. De acordo com estudos da academia do Corpo de Bombeiros, o Vale é a região do Estado com maior demanda reprimida de atendimentos que precisariam de apoio aéreo.

— A primeira área do Estado com demanda reprimida é Florianópolis, que já tem duas aeronaves. E o segundo local com maior número de ocorrências típicas para atendimento com apoio aéreo é Blumenau. Em torno de 70% do que ocorre na Capital, ocorreria aqui — explica  o capitão Pratts, piloto do Batalhão de Operações Aéreas.

Uma equipe de 30 profissionais do Samu e quatro dos bombeiros de Blumenau foi treinada para integrar a tripulação do helicóptero. Neste período, três pilotos de Florianópolis se revezarão na estrutura de contêineres montada no parque. A aeronave é alugada e será devolvida em um mês. O custo anual do aluguel é de R$ 1,2 milhão, se comprada o valor seria em torno de R$ 6 milhões. 

A estimativa da corporação é de um atendimento grave por dia. Daqui ao Alto Vale o helicóptero levará 30 minutos. O deslocamento ao litoral vai durar 15 minutos. Antes do Arcanjo decolar são levadas em consideração distância e gravidade da ocorrência.

— Os benefícios são agilidade e eficiência. Com apoio aéreo, levamos um curto tempo para levar médico, enfermeiro e estrutura ao local da ocorrência. Já há equipe formada e disposta a trabalhar nisso, falta só um acordo com o Estado para manter a aeronave aqui — afirma Pratts.

O funcionamento temporário dos serviços do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) em Blumenau foi viabilizado pela parceria da corporação e da Secretaria de Estado de Saúde. O Arcanjo 01 estava em manutenção programada por quase dois meses e um helicóptero foi alugado por 90 dias para garantir a operação. Como há um período de um mês em que os bombeiros terão dois helicópteros, o serviço foi ampliado para o Vale.

— Foi uma decisão estratégica do comando, que sabiamente posicionou a aeronave neste período aqui em Blumenau. É um serviço diferenciado e ganhamos muito no tempo-resposta e na qualidade. Temos que sensibilizar o governo para que ela permaneça na região — avalia o comandante do 3º Batalhão de Bombeiros Militar, major José Gamba Júnior.