quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Polícia encontra 28 pássaros em cativeiro, em Lages

A Polícia Ambiental apreendeu 28 pássaros silvestres que eram mantidos em cativeiro em uma residência no Centro de Lages. 

As aves, que estavam em gaiolas, não tinham o registro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ao todo foram encontrados 25 canários, um tia chica, um chupim e um azulão. Os pássaros foram encaminhados para o viveiro da 4ª Companhia Ambiental, exceto o chupim que foi solto. 

O suspeito por manter as aves em cativeiro foi autuado em flagrante. Ele assinou Termo Circunstanciado (TC) se comprometendo a prestar esclarecimentos em juízo.

A pena prevista é de seis meses a um ano de detenção, além de multa, que pode chegar a R$ 14 mil.

Polícia Rodoviária Federal de Rio do Sul apreende veículo de Lages com 48,5 quilos de maconha na BR-470

Polícia Rodoviária Federal apreendeu na terça-feira à noite 48,5 quilos de maconha em um veículo com placas de Lages na BR-470, em Pouso Redondo. A apreensão foi feita após o veículo Celta se envolver em um acidente envolvendo um caminhão com placas de São Lourenço do Oeste (SC) no km 196 da rodovia federal. 

A droga, dividida em 47 tabletes, foi encontrada no interior carro. Após o acidente que não deixou feridos, o motorista fugiu do local antes da chegada dos policiais. 

Segundo o relatório da Polícia Militar de Taió, que auxiliou na ocorrência, rondas foram feitas para localizar o condutor do Celta, mas ele não foi localizado. O motorista do caminhão permaneceu no local até a chegada dos agentes da PRF e registro da ocorrência. O entorpecente e o carro abandonado foram levados até a Polícia Civil de Rio do Sul.

Tecnologias assistivas

Paiva Netto

Neste mundo globalizado, em que as tecnologias se aprimoram a uma velocidade que impressiona, abre-se um leque de oportunidades para a inclusão, no mercado de trabalho, de pessoas com deficiência. Contudo, muitas dessas novas ferramentas esbarram no despreparo e na desinformação de uma parcela da sociedade. 

Segundo a analista de tecnologia assistiva da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), Karolline Fernandes Sales, ela própria deficiente visual, as empresas usam três argumentos para não contratar alguém com baixa ou nenhuma visão. Um deles é o desconhecimento. Para a maioria dos empregadores, o cego não tem condições de trabalhar, de chegar ao local de trabalho. Outro empecilho é o de não saber utilizar um computador; sem falar do custo do leitor de tela, que varia de R$ 1,3 mil a R$ 1,7 mil ou um pouco mais. O terceiro argumento é o de que não existem pessoas qualificadas no mercado”, afirmou.

Em entrevista ao programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), Karolline Sales, que também exerce a função de assessora de comunicação da Organização Nacional de Cegos do Brasil (ONCB), contestou: “Conheço várias pessoas com deficiência visual graduadas, pós-graduadas, que já concluíram o mestrado. Então, esse argumento da falta de qualificação é mais hipotético do que real. Claro que existem indivíduos sem qualificação, não só com deficiência, mas sem deficiência também. A Avape, inclusive, é uma das pioneiras em capacitar pessoas com deficiência, não só a visual”.

Um dos principais avanços no que diz respeito à inclusão social foi a implementação da Lei de Cotas. Karolline Sales esclareceu: “Essa lei determina, de acordo com a quantidade de empregados, a contratação do trabalhador deficiente. A grande dificuldade dos empresários, dos gestores, é como contratar, onde buscar esse profissional? É aí que entra a Avape”.

Oportunidade e Competência

No programa, foi apresentada uma matéria com o depoimento do deficiente visual Edi Carlos de Souza. Com apenas 1% de visão, ele procurou a Avape para recolocação profissional e começou a prestar serviço para a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), do Estado de São Paulo. Sobre a sua capacitação, Edi Carlos comentou: “Precisei passar por treinamentos porque uso dois sistemas. Um de leitor de tela — para acompanhar as informações do computador — e outro do próprio sistema do ‘Emprega São Paulo’”. Orgulhoso de sua profissão, ele desabafou: “Infelizmente, no Brasil temos falta de informação em relação ao deficiente. Hoje em dia, a tecnologia e os mecanismos de acesso estão aí para todo o mundo verificar. O que a pessoa deficiente precisa? De uma oportunidade. Esse é o xis da questão. Ninguém pode ser julgado pela deficiência. Primeiro, o empregador tem que avaliar a capacidade, e não a deficiência”. 

E arrematou: “Você, que tem alguma deficiência, nunca se esconda. Estude, faça cursos, procure, pois o mercado está precisando. E vocês, que são empregadores, sempre acreditem e nunca prejulguem um deficiente. Deem a ele uma oportunidade, depois o avaliem”.

Diante do exposto, é gratificante saber que, apesar dos obstáculos, mais deficientes conquistam a cada dia maior reconhecimento na sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.