A empolgação com que a cadela Mayla pulava e atendia aos comandos no meio das crianças em uma sala de estar do Hospital Santo Antônio (HSA), de Blumenau, era a mesma estampada no olhar dos pequenos e também de pais e funcionários. Ontem à tarde, pacientes internados nas alas pediátrica e psiquiátrica da unidade hospitalar receberam a visita da cachorrinha de dois anos (foto), mistura de pastor alemão com labrador, que circulou no local com direito a crachá e colete de identificação. O encontro marcou o lançamento do projeto Toninho Pet, que irá levar Mayla em visitas quinzenais a esses setores para elevar o astral dos pacientes.
Possível aliada na recuperação
O primeiro contato da “catiorínea” com os pacientes foi nessa segunda e Mayla já deu um show de doçura ao sentar, cumprimentar e recuperar bolinhas. Uma das que mais interagiu com a visitante canina foi a pequena Laura, quatro anos. A companhia ajudou a alegrar um dia que havia começado mal, com uma crise de asma que exigiu internação.
O primeiro contato da “catiorínea” com os pacientes foi nessa segunda e Mayla já deu um show de doçura ao sentar, cumprimentar e recuperar bolinhas. Uma das que mais interagiu com a visitante canina foi a pequena Laura, quatro anos. A companhia ajudou a alegrar um dia que havia começado mal, com uma crise de asma que exigiu internação.
– Ela adora cachorros e gostou muito de brincar com ela, acho que ajuda a passar o tempo – conta a tia Mayara, que acompanhava a sobrinha.
Karyn, 10 anos, ficou empolgada com a obediência aos truques ensinados no adestramento a Mayla. Uma mãozinha, ou melhor, uma patinha para enfrentar períodos que em geral são de abatimento, já que Karyn está internada há três dias por causa de um problema ocular.
– Acho que essas visitas ajudam a tirar a ansiedade de quem está aqui. Agora por exemplo ela vai para o quarto, mas com certeza vai desenhar um cachorro, vai lembrar. Ajuda a tirar o foco do hospital – conta a mãe, Janete.
Mayla é a mascote da Defesa Civil de Blumenau e já participou este ano de visitas a estudantes no projeto Defesa Civil nas Escolas. Adotada com 40 dias de vida, ela não tinha todas as vacinas e chegou a ficar internada em uma UTI veterinária, de onde só teve alta após passar por uma transfusão de sangue. Agora, poderá ajudar pacientes que passam por dramas semelhantes. A coordenadora do programa, Luciana Correia, aprovou a interação e acredita que a companhia canina pode ajudar a quebrar a rotina do hospital. Opinião semelhante à da equipe hospitalar.
A direção do hospital reforça que por enquanto apenas a presença de Mayla, que atende a uma série de critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está permitida. Por enquanto, as visitas dela serão quinzenais e coletivas, mas a intenção é ampliar a iniciativa com mais animais e também outros setores do hospital.
O projeto Toninho Pet iniciou a fase experimental, é acompanhado pelo Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) e pela Pedagogia Hospitalar e ocorre em parceria com a Secretaria de Educação e Secretaria de Defesa do Cidadão. Desde 2013, o projeto Trapa Pets também promove a interação de cães em espaços como asilos e na ala psiquiátrica do Hospital Santa Catarina.