Itajaí registra cinco vezes mais mortes por aids do que a média nacional. Enquanto o município contabilizou 28 óbitos por 100 mil habitantes em 2013 (último ano com dados fechados), o restante do país somou 5,6 por 100 mil. A estatística preocupante serviu de embasamento para o governo do Estado cobrar mudanças nas políticas de combate à doença na cidade. O secretário João Paulo Kleinübing enviou a deliberação para a Vigilância Epidemiológica municipal em 22 de junho.
O diagnóstico tardio, a não adesão ao tratamento e o comprometimento do organismo pelas chamadas doenças oportunistas, como hepatites e tuberculose, são apontadas como as principais causas de morte por aids em Itajaí.
— A maioria das pessoas saudáveis não faz o teste (de HIV) porque tem medo. Há casos em que pacientes se ofendem com o médico quando ele pede o exame. Geralmente, descobrem que estão contaminados pelo vírus quando já estão muito doentes — explica a gerente do Programa DST/Aids em Itajaí, Hilda Wippel.
A enfermeira sugere que o teste de HIV faça parte do check up anual das pessoas, porque, segundo ela, "estamos sempre expostos":
— Fazemos as unhas toda semana e não sabemos se a alicate foi devidamente esterilizada, temos relação (sexual) com nossos companheiros, mas não temos como ter certeza que eles só se relacionam com a gente — alerta.
A obrigatoriedade de dois testes para as gestantes ao logo do pré-natal, por exemplo, fez aumentar o número de grávidas diagnosticadas com o vírus em Itajaí. Recentemente 22 gestantes testaram positivo para o HIV e precisaram começar o tratamento para interromper a ação do vírus, evitando a contaminação do bebê e o desenvolvimento da aids.
Conforme Hilda, a estatística aumentou porque as grávidas estão fazendo o exame, o que reflete um cenário mais próximo da realidade, ao contrário do restante dos moradores, que apesar de ter o vírus desconhecem a existência da contaminação.
O diagnóstico tardio, a não adesão ao tratamento e o comprometimento do organismo pelas chamadas doenças oportunistas, como hepatites e tuberculose, são apontadas como as principais causas de morte por aids em Itajaí.
— A maioria das pessoas saudáveis não faz o teste (de HIV) porque tem medo. Há casos em que pacientes se ofendem com o médico quando ele pede o exame. Geralmente, descobrem que estão contaminados pelo vírus quando já estão muito doentes — explica a gerente do Programa DST/Aids em Itajaí, Hilda Wippel.
A enfermeira sugere que o teste de HIV faça parte do check up anual das pessoas, porque, segundo ela, "estamos sempre expostos":
— Fazemos as unhas toda semana e não sabemos se a alicate foi devidamente esterilizada, temos relação (sexual) com nossos companheiros, mas não temos como ter certeza que eles só se relacionam com a gente — alerta.
A obrigatoriedade de dois testes para as gestantes ao logo do pré-natal, por exemplo, fez aumentar o número de grávidas diagnosticadas com o vírus em Itajaí. Recentemente 22 gestantes testaram positivo para o HIV e precisaram começar o tratamento para interromper a ação do vírus, evitando a contaminação do bebê e o desenvolvimento da aids.
Conforme Hilda, a estatística aumentou porque as grávidas estão fazendo o exame, o que reflete um cenário mais próximo da realidade, ao contrário do restante dos moradores, que apesar de ter o vírus desconhecem a existência da contaminação.
Aids diminui, mas HIV aumenta
O abandono do coquetel pelos pacientes após o controle da doença ainda é um obstáculo a ser vencido. Segundo Hilda, os pacientes não entendem que podem ficar muito debilitados e sujeitos a uma série de doenças ao descontinuar os medicamentos. Ela frisa que o tratamento com os antiretrovirais (coquetel) são para a vida toda.
A determinação do Ministério da Saúde em 2014 para que todos os pacientes com HIV tomem o coquetel, independente da carga viral que apresentem, vem diminuindo a incidência de aids no país. Por outro lado, a resistência em não fazer o exame só aumenta a contaminação pelo vírus, de acordo com a gerente do programa. Hoje, 2 mil moradores de Itajaí fazem a terapia com os antiretrovirais.
O abandono do coquetel pelos pacientes após o controle da doença ainda é um obstáculo a ser vencido. Segundo Hilda, os pacientes não entendem que podem ficar muito debilitados e sujeitos a uma série de doenças ao descontinuar os medicamentos. Ela frisa que o tratamento com os antiretrovirais (coquetel) são para a vida toda.
A determinação do Ministério da Saúde em 2014 para que todos os pacientes com HIV tomem o coquetel, independente da carga viral que apresentem, vem diminuindo a incidência de aids no país. Por outro lado, a resistência em não fazer o exame só aumenta a contaminação pelo vírus, de acordo com a gerente do programa. Hoje, 2 mil moradores de Itajaí fazem a terapia com os antiretrovirais.
Novas ações para conter a doença
Para poder reformular as ações de combate à aids em Itajaí, a gerente do Programa DST/Aids, Hilda Wippel, solicitou o remanejamento de 10 agentes de endemia, que hoje estão atuando no controle da dengue, para o setor. Os agentes do Programa DST/Aids foram cedidos para o combate à dengue em janeiro deste ano, após a prefeitura decretar emergência.
Uma das ideias da enfermeira para diminuir a incidência da doença na cidade é distribuir preservativos em locais públicos, como shopping centers, bares universitários e dentro de empresas. Ela acredita que, se o Estado aprovar a ação e com a volta do efetivo, é possível dar início ao projeto antes do fim deste ano.
Para que outras políticas de combate sejam traçadas, estão ocorrendo reuniões semanais para discutir as ações, que futuramente serão apresentadas à Secretaria de Saúde do Estado.
Para poder reformular as ações de combate à aids em Itajaí, a gerente do Programa DST/Aids, Hilda Wippel, solicitou o remanejamento de 10 agentes de endemia, que hoje estão atuando no controle da dengue, para o setor. Os agentes do Programa DST/Aids foram cedidos para o combate à dengue em janeiro deste ano, após a prefeitura decretar emergência.
Uma das ideias da enfermeira para diminuir a incidência da doença na cidade é distribuir preservativos em locais públicos, como shopping centers, bares universitários e dentro de empresas. Ela acredita que, se o Estado aprovar a ação e com a volta do efetivo, é possível dar início ao projeto antes do fim deste ano.
Para que outras políticas de combate sejam traçadas, estão ocorrendo reuniões semanais para discutir as ações, que futuramente serão apresentadas à Secretaria de Saúde do Estado.