segunda-feira, 7 de abril de 2014

Crianças pedem socorro

Paiva Netto

A crescente violência no Brasil e no mundo tem chamado a atenção de todos. A cada dia aumentam os casos tristes e lamentáveis noticiados pela mídia.

Se ela hoje nos bate à porta, comecemos ontem, como muitos já o fazem, a luta pelos direitos da criança e do adolescente, contra a fome, as desigualdades e em prol da sustentabilidade. Empreendamos hercúleo combate à pior das carências, que atravanca o êxito de qualquer tentativa de transformação benéfica na Terra: a falta de solidariedade, de fraternidade, de misericórdia, de justiça; por conseguinte, a aridez do Espírito, do coração.

Em 2013, destacada pesquisa global, divulgada pela ONU, nos traz uma informação alarmante: “Todos os anos, entre 500 milhões e 1,5 bilhão de crianças sofrem algum tipo de violência no mundo. Mesmo com as estimativas mais conservadoras, grande número de crianças sofre seus efeitos físicos, mentais e emocionais, e outros milhões estão em risco”. Aqui temos apenas estatísticas oficiais e que desafiam a dignidade humana. Isso significa que o quadro deva ser ainda mais crítico e demande ação decidida e conscientização a partir das famílias, nas quais também ocorre a violência doméstica.

O dr. Cláudio Pita, formado em Direito pela Universidade Anhanguera, relatou à Boa Vontade TV que na infância e na adolescência vivenciou essa problemática. Mas soube, com o devido amparo, superar tudo isso. Hoje é diretor do Lar Nefesh, em São Paulo/SP, fundado por ele e que presta apoio às crianças e às famílias que passam por esses dramas. No seu entender, a sociedade tem papel indispensável na identificação dos casos de violência: Às vezes, a coisa não está acontecendo na minha casa, ou na minha família, mas acontece ao lado. E a criança que está sofrendo tem medo de pedir socorro, tem receio de que o pai ou a mãe sejam presos e não quer desintegrar a família. Então, ela mesma acaba não pedindo ajuda. E é importante que as pessoas que estão ao redor estejam atentas, possam encaminhar ao conhecimento do poder público, ao Conselho Tutelar, na própria Vara da Infância e da Juventude, às autoridades policiais, para que eles tomem providência”.

Recorro ao ilustre recifense Josué de Castro (1908-1973) — médico, professor, cientista social, político e ativista brasileiro, autor dos famosos “Geografia da fome” e “Geopolítica da fome” —, que dedicou sua vida ao combate à miséria humana. Certa vez, afirmou:

— “Os ingredientes da Paz são o Pão e o Amor”.

Tenho dito que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. Protegê-la é acreditar no futuro. Por isso, na rede de ensino da LBV, há tantos anos aplicamos a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, um esforço de Boa Vontade para aliar a Educação aos valores espirituais ecumênicos.

A jovem escritora judia-alemã Anne Frank (1929-1945) registrou em seu diário ideais pacíficos, mesmo sofrendo a pungência da Segunda Guerra Mundial. Seu corajoso testemunho afasta o pessimismo que só aumenta as enfermidades sociais dos povos:

— “Apesar de todos e de tudo, eu ainda creio na bondade humana”.

Façamos, pois, a nossa parte em prol de tempos melhores.


José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

Bandidos explodem caixa eletrônico em Penha

Os caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil no centro de Penha foram alvos de criminosos. Por volta das 5h de domingo (6), moradores das proximidades perceberam a ação dos bandidos e chamaram a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram, não havia mais ninguém na agência. Um dos caixas chegou a explodir, mas os ladrões não tiveram tempo de pegar o dinheiro.

Em outra máquina do banco, a dinamite não explodiu. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi chamado para retirar o artefato do local. A rua que dá acesso ao banco chegou a ser interditada enquanto os policiais agiam na agência. Esta é a terceira vez que criminosos tentam explodir caixas eletrônicos da mesma agência. Porém, todas as tentativas foram frustradas.

Doze pessoas perdem a vida em acidentes nas rodovias de Santa Catarina

O fim de semana foi violento nas estradas catarinenses. Somente em rodovias federais, nove pessoas perderam as vidas de sábado até a noite de domingo. Na SC-435 e SC-447, mais três pessoas morreram em colisões.

No maior dos acidentes do fim de semana, em Guaramirim, no Norte do Estado, cinco pessoas – dois adultos e três crianças – faleceram após o carro em que estavam bater de frente com um caminhão caçamba na noite de domingo. A colisão aconteceu no Km 42 da BR-280. Ainda não se sabe o que causou a colisão. 

Em Palhoça, uma jovem de 16 anos morreu em um acidente na BR-101. Ela estava em um Monza com mais seis pessoas próximo à rotula da BR-282 e todos os outros passageiros foram encaminhados a hospitais da região. O acidente aconteceu na rótula da BR-282, por volta das 20h. Pela análise preliminar dos socorristas, o condutor teria se perdido e batido sozinho, sem envolver nenhum outro automóvel. 

No fim da manhã de domingo, dois jovens morreram em uma colisão na BR-282, em Águas Mornas, na Grande Florianópolis. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor perdeu controle do Vectra em uma curva na altura do km 50, saiu da pista e acabou colidindo com uma árvore. 

No sábado, um acidente na BR-470 em Navegantes envolvendo dois carros e um caminhão resultou na morte de uma pessoa. Segundo a PRF, a ocorrência foi registrada no Km 15. O homem de 26 anos morreu no local.