É bem verdade que o Brasil finalizou o Rio 2016 sem atingir a meta de ficar no top 10 no número geral de medalhas. Ainda assim, o país termina com seu melhor desempenho histórico em Jogos Olímpicos. Foram 19 medalhas no total, com sete de ouro, seis de prata e seis de bronze – o que valeu a 13ª colocação no quadro de países, tanto na contagem que prioriza os ouros quanto no ranking geral de resultados.
Das medalhas conquistadas, 11 foram inéditas, sendo 10 em modalidades individuais. O país disputou 50 finais no Rio de Janeiro, contra 36 em Londres. E houve avanços significativos em modalidades em que não havia tanta tradição – casos, por exemplo, da canoagem de velocidade, em que o país somou três pódios, todos com a presença de Isaquias Queiroz – o baiano de 22 anos, que se tornou o primeiro atleta do país a subir três vezes ao pódio em uma única Olimpíada.
Em outros esportes, mesmo sem pódio, houve resultados históricos, casos do levantamento de peso, da esgrima, da canoagem slalom, da marcha atlética e do ciclismo de estrada. Em todas elas, o Brasil se firmou entre os top 5 ou top 10 da modalidade.
Antes do início do Rio 2016, o Comitê Olímpico do Brasil estimava subir em 27 a 30 pódios. Faltou pouco para o país figurar no top 10. O Canadá, que ficou em 10º no quadro geral de medalhas, conquistou 22 pódios. Difícil falar depois, mas o vôlei, por exemplo, poderia ter suprido essa lacuna. Bicampeã olímpica, a seleção feminina caiu nas quartas. Na praia, Larissa e Talita, que dominaram o circuito mundial, e Evandro e Pedro Solberg chegaram como favoritos, também não confirmaram. Da mesma forma, no judô e na natação também se esperava por melhores resultados.