Dez pessoas foram presas pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú suspeitas de participar de um esquema de disque-drogas. Seis dos presos são taxistas que faziam a entrega dos entorpecentes como se fossem corridas para usuários de alto poder aquisitivo. O esquema foi descoberto devido a uma investigação iniciada há sete meses.
De acordo com o delegado Osnei Oliveira quatro dos presos eram responsáveis por fornecer cocaína e drogas sintéticas aos taxistas. Os motoristas, por sua vez, vendiam a droga para clientes específicos quando eram chamados para fazer corridas.
— Os usuários pagavam R$ 50 pelo papelote de cocaína e mais a corrida, que dava em média R$ 20 — diz.
Esses taxistas, segundo a investigação, atendiam quase que exclusivamente usuários de drogas. O atendimento a novos clientes se dava por indicação dos mais antigos.
Os suspeitos foram presos temporariamente e serão interrogados nesta quinta-feira. Dos seis taxistas, dois foram presos em flagrante durante uma dessas corridas na noite de quarta-feira com papelotes de cocaína.
— Esse sistema é também uma maneira de tentar enganar a polícia, porque se eles fossem pegos, poderiam dizer que um cliente deixou a droga cair no carro — afirma o delegado.
Para sustentar as prisões, a investigação contou com conversas telefônicas gravadas e imagens das corridas realizadas. Esse material, porém, não foi divulgado.
Dois dos mandados de prisão expedidos eram para pessoas que já estavam presas. Entre os taxistas três são donos dos táxis, nos demais casos a polícia acredita que os proprietários dos veículos não tinham conhecimento do esquema. As prisões ocorreram por tráfico e associação ao tráfico.
