terça-feira, 17 de maio de 2011

Preço dos combustíveis cai para empresários, mas não chega ao consumidor

A colheita da safra de cana-de-açúcar e consequente diminuição do preço do etanol em 12% e do álcool hidrato, usado na mistura da gasolina, de 23,1%, se perdeu na cadeia dos combustíveis antes de chegar ao consumidor.

Levantamento realizado pelo Diário Catarinense revelou que o valor médio do álcool e gasolina em Florianópolis e São José não foram afetados.

O resultado da pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgado na terça-feira apontou que não houve impacto apesar dos usineiros terem baixado o valor dos produtos.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP informou que a oferta de etanol e álcool hidratado já superou a demanda porque as usinas intensificaram a moagem.

Mesmo assim o preço dos combustíveis não acompanhou a queda dos custos de matéria-prima. A assessoria de imprensa acrescentou que a tendência é o litro da gasolina e do álcool caírem.

O vice-presidente do Sindicato dos donos de Postos de Combustíveis da Grande Florianópolis, Luiz Ângelo Sombrio, não concordou e garantiu que vários postos da região baixaram os preços.

Declarou que o preço do levantamento realizado pela ANP tem defasagem de 10 ou 15 dias por isso não aferiu a diminuição ocorrida nas bombas.

Ele confirmou que a tendência do setor é queda, mas falou que não é possível determinar quanto e quando isto vai ocorrer. Por fim, garantiu que toda diminuição praticada pelas distribuidoras será repassada aos motoristas.

O descontentamento com o preço dos combustíveis ocorre em todo o Estado. Nesta quarta, cerca de 60 motoristas protestaram em Chapecó.

A manifestação foi organizada nas rede sociais, onde foi combinado abastecer R$ 0,50 e pedir nota fiscal.

Petrobrás reduz preços dos combustíveis em SP

Nesta terça, a Petrobras cumpriu a promessa e baixou os preços da gasolina e do etanol para seus postos revendedores do estado de São Paulo.

O índice foi diferenciado por regiões e variou entre 3% e 9% para a gasolina e de 8% a 20% para o etanol, dependendo da proximidade com os centros de distribuição.

A redução também foi acompanhada pela distribuidora Ipiranga, mas em menores porcentuais.

As duas distribuidoras respondem por mais de 3 mil dos 8,7 mil postos revendedores do estado de São Paulo. Na capital paulista, cerca de 40% dos 2,3 mil postos da cidade representam as duas bandeiras.