A morte da jovem Tamara Pereira, 23 anos, ainda é um mistério para a Polícia Civil de Blumenau. Três suspeitos de terem participado do assassinato de Tamara Pereira foram interrogados e detidos no final de semana pela Polícia Civil de Blumenau, mas dois deles foram liberados na manhã desta terça-feira por falta de provas.
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil fez uma coletiva de imprensa para explicar sobre a investigação. Segundo o delegado responsável pelo caso, Ronnie Esteves, logo que a menina desapareceu a Polícia Civil não trabalhava com a hipótese de homicídio, mas de desaparecimento. Após buscas terem sido feitas, o celular de Tamara foi encontrado com um dos suspeitos. No aparelho dele, havia duas fotos do carro usado no crime. Com a foto, a Polícia Civil chegou a outro suspeito, Gelson Wreczinski, 27 anos, que era proprietário do veículo, morava em Ascurra e permanece detido.
Wreczinski teria sido preso uma semana depois do desaparecimento de Tamara por um furto e estava no Presídio Regional de Blumenau. De acordo com a Polícia Civil, ele teria 53 boletins de ocorrências contra ele. No primeiro depoimento, Wreczinski afirmou que pegou a jovem aleatoriamente na noite de sábado, dia 21, e sob efeito de cocaína, a matou e levou o corpo para Ilhota. Ele confessou ao delegado que matou a jovem com o extintor de incêndio do carro, causando traumatismo cranioencefálico.
— O depoimento não nos convenceu. Por isso, junto com um advogado, ele falou nesta quarta-feira que o crime inclui uma segunda pessoa. Com bases nessas informações, achei melhor colocar os dois em liberdade para instruir melhor este inquérito e deixar apenas o condutor do veículo que foi usado no crime preso — afirmou o delegado.
De acordo com Esteves, existe ainda uma outra hipótese que o crime ocorreu por dívida de droga:
— Segundo o condutor que confessou o crime, Wreczinski, um dos suspeitos que foi liberado era traficante e a vítima Tamara fazia a ponte entre as amigas e a venda da droga. Ela estaria devendo e aí sim ele teria matado ela, mas a família e as amigas negaram.
O Instituto Geral de Perícias deve voltar hoje para coletar mais material no veículo apreendido de Gelson Wreczinski.
— O crime por dívida de droga seria mais plausível, mas a família nega o envolvimento dela com drogas. Os depoimentos de Wreczinski também são contraditórios, mas a gente não acredita que ele tenha feito tudo isso sozinho — afirmou Esteves.