sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Desabrigados protestam contra demora na construção de casas

Durante 40 minutos, moradores do abrigo provisório da Itoupava Seca fecharam a Rua Engenheiro Paul Werner e parte da entrada da Rua Almirante Barroso, nesta sexta-feira à tarde. Com uma faixa, os desabrigados pela tragédia de novembro protestavam por agilidade na construção das casas, prometida pelo governo.
O movimento, que começou às 14h10min, causou congestionamento na Rua Engenheiro Paul Werner, próximo ao Hospital do Pulmão. Agentes de trânsito e policiais militares auxiliaram no controle do fluxo. O trânsito voltou ao normal por volta das 15h, quando os moradores retornaram ao abrigo.
De acordo com o secretário de Assistência Social, da Criança e do Adolescente (Semascri), Mário Hildebrandt, os projetos para a construção de 1 mil unidades habitacionais nos 10 terrenos cedidos pelo governo estadual estão sob análise da Caixa Econômica Federal. Se não houver nenhum entrava burocrático, segundo Hildebrandt, a previsão é que a ordem de serviço seja assinada na segunda quinzena de setembro.
- O protesto é legítimo, não da forma como foi feito, fechando o trânsito. Mas nós reivindicamos junto com eles. A prefeitura já cumpriu com tudo o que podia. Agora nós só podemos pressionar - diz o secretário.

Geólogo alerta que solo do Vale do Itajaí ainda está sujeito a deslizamentos

Região mais atingida pela tragédia da chuva em novembro do ano passado em Santa Catarina, o Vale do Itajaí ainda tem o solo sujeito a deslizamentos, segundo o geólogo João Carlos Rocha Gré, do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

— O cenário está montado. Resta a ocorrência de um período prolongado de chuvas que entregue um grande volume de água ao interior do solo para que o processo de deslizamentos seja retomado. Esperamos que volumes excepcionais de chuva não venham a ocorrer — disse Gré, que conversou com internautas do Grupo RBS em um chat nesta sexta-feira.

O geólogo participou como voluntário da Defesa Civil em análises de aéreas da região na época da tragédia, período que considera de grande aprendizado. Após o fim da chuva, fez vistorias por terra.

— No cumprimento de minhas missões de campo percebi que a maioria das áreas de deslizamento eram recobertas por mata nativa. Possivelmente, o peso da vegetação e da água de infiltração se somaram para favorecer o processo de deslizamento — explicou.

Centro de Triagem vai ser desativado

Quem procurou atendimento no Centro de Triagem, junto à Fundação Pró-Família, na tarde de ontem, foi rapidamente atendido. A agilidade é reflexo da diminuição na procura de pacientes com sintomas de gripe A. Ontem, foi registrado o menor número de atendimentos, 35. A média dos últimos dias é de 50 pacientes atendidos.
A queda já faz a Secretaria de Saúde planejar o encerramento das atividades no local antes do prazo estipulado, que era para o fim de setembro. Segundo o diretor de Ações em Saúde de Blumenau, Cláudio Pilotto, se a média for mantida, o Centro de Triagem deve fechar dia 14 deste mês.
Ontem, das 15h15min até o encerramento, às 17h, apenas uma jovem foi atendida. Saionara da Cruz Andrade, 17 anos, apresentou alguns sintomas nos últimos dias e como teve contato com uma pessoa com confirmação de gripe A, resolveu procurar o Centro de Triagem.
– Vim mais para ficar tranquila e tirar a dúvida – contou a jovem, que foi consultada por um técnico de enfermagem e um enfermeiro.
A moça foi encaminhada ao médico para uma análise mais específica. O Centro de Triagem iniciou os trabalhos com uma média de 170 atendimentos diários. A queda foi contínua e atingiu o número mais baixo ontem.