O salário mínimo regional em Santa Catarina terá um reajuste de 8,84%. Depois de quatro reuniões, sindicatos ligados aos trabalhadores chegaram a um acordo com os patrões, que estavam representados por sindicatos e pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
As negociações começaram em dezembro de 2014, quando os trabalhadores pediram um reajuste de 15% e os empregadores ofereceram 6%. Agora, com o valor já definido, a proposta foi levada ao governador do Estado, Raimundo Colombo, que deve criar nos próximos dias um projeto de lei, que será avaliado por deputados catarinenses.
O salário mínimo regional, após ser aprovado na assembleia legislativa, será usado para definir o valor mínimo a ser pago para o trabalhador em Santa Catarina. Nenhuma empresa ou indústria poderá pagar menos do que foi estabelecido na lei estadual.
O novo mínimo ficou em R$ 908, 00 para uma faixa de trabalhadores como : empregados domésticos, trabalhadores da pesca e de indústrias da construção civil. Já nos setores de vestuário, confecção de calçados e telemarketing o salário base ficou negociado em R$943, 00. Quem trabalha no comércio em geral e nas indústrias de alimentação terá o salário mínimo regional de R$994,00. O valor mais alto ficou para funcionários de áreas como serviços de saúde, motoristas de transporte e nas metalúrgicas com um mínimo de RS 1.042,00.
O vice-presidente da Intersindical Patronal de Itajaí, Maurício Cesar Pereira, participou das negociações: “Santa Catarina serve como exemplo para o Brasil, é um dos poucos estados onde quem define o mínimo são os patrões e os empregados, juntos, em um acordo. Estamos satisfeitos porque entendemos que os dois lados saíram ganhando. Esse salário mínimo regional serve para os trabalhadores que não têm representação sindical e que, por este motivo, não decidem o piso salarial através de convenções. Mesmo assim, o salário base é bem mais alto que o mínimo nacional (R$ 788,00). Deixamos claro, que as empresas da nossa região já pagam mais do que esses valores. Setores que estão em alta como a indústria metalúrgica paga mais para os trabalhadores, porque há vagas sendo abertas com frequência e falta profissionais qualificados”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário