Na nave do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, encontra-se bela réplica, autorizada pelo Ministério da Cultura, da estátua do Profeta Daniel com os leões. Obra do renomado escultor, desenhista, entalhador e arquiteto no Brasil colonial Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho (1730-1814). Ele é conterrâneo do grande Tiradentes (1746-1792), mártir da Inconfidência Mineira, cuja data se comemora em 21 de abril.
A representação artística de Daniel é símbolo de um extraordinário exemplo que renova nossa Fé no Ser Onipotente, Onipresente, Onisciente e, peço licença para acrescentar, Onidirigente. Disse Jesus: “O que não é possível ao homem para Deus é sempre possível” (Evangelho do Cristo segundo Mateus, 19:26, e consoante Marcos, 10:27).
DANIEL, A FÉ E O PODER DA PRECE
Da edição revista e ampliada de “Cidadania do Espírito”, que a Editora Elevação em breve lançará, adianto-lhes trecho de entrevista que concedi ao escritor Alcione Giacomitti, para o seu livro “Os Pilares da Sabedoria de um Novo Mundo” (2001):
Costumo dizer que o milagre que Deus espera dos seres humanos (e espirituais) é que aprendam a amar-se. E a prece é ferramenta poderosa para essa metamorfose urgente, porquanto a oração é o alimento da Alma, e o Amor, a substância da Justiça e da Paz. Tanto é verdade que inspirou a Melanchton (1497-1560), educador e teólogo luterano, esta preciosa manifestação: “As tribulações e as perplexidades levam-me à prece; em compensação, a prece aparta-me dessas aflições”.
O Profeta Daniel, famoso pela interpretação que fez do sonho de Nabucodonosor (Livro de Daniel, capítulo 2o), por jamais duvidar do Senhor dos Universos, comprovou tal força oriunda da convicção suprema no Pai Celestial. Não titubeou nem mesmo quando Dario, o Medo, assinou edito que condenava à cova de leões os que adorassem, durante o período de um mês, qualquer deus ou homem que não fosse o próprio rei. Neste episódio, vemos o soberano de Babilônia ser induzido maliciosamente por seus príncipes ardilosos, os quais desejavam encontrar alguma infração na conduta impecável daquele que seria promovido a administrador de todo o reino. Isso não impediu Daniel de reverenciar o Criador, orando de joelhos, como de hábito, três vezes ao dia. Denunciado o profeta pelos que cavavam sua ruína, Dario, com lamento e pesar, sentenciou-o à morte, ainda que tentando, sem sucesso, evitar tamanha injustiça. Agoniza, então, em seu palácio, passando a noite em jejum. Pela manhã, dirige-se às pressas ao local do martírio, testemunhando fato milagroso.
Sem um arranhão sequer, Daniel louvava: “Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o Seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante Dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum”.
Nem é preciso descrever quão feliz ficou Dario. E à forma dura e crua daquele tempo, parecido algumas vezes com este, fez com que os acusadores do profeta, com suas famílias, fossem lançados às garras dos leões.
Depois disso, o rei conclamou o povo a adorar o Deus de Daniel por ser o Deus vivo que permanece eternamente, cujo reino não se pode destruir (Dn, cap. 6o).
52 ANOS DE BRASÍLIA NO TBV
Ocorre no TBV, em sua Galeria de Arte, a exposição “Brasília 52 — Ontem, hoje e amanhã na visão de três artistas”. Obras de Gersion de Castro, Marta Jabuonski e Toninho de Souza, compostas de pinturas, esculturas, objetos e fotografias, trazem diferentes visões sobre a capital federal.
A mostra pode ser visitada até 30 de abril. A Galeria de Arte do TBV funciona diariamente, das 8 às 20 horas, e está localizada no SGAS 915, lotes 75 e 76, Brasília/DF. Outras informações pelo telefone: (61) 3114-1070.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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