A Alfândega da Receita Federal no Complexo Portuário do Itajaí-Açu, que integra os portos de Itajaí e Navegantes, divulgou nesta segunda-feira a retenção de 31 contêineres com mercadorias falsificadas _ o equivalente a 600 toneladas de produtos, incluindo eletrônicos, celulares, acessórios e brinquedos. A carga está entre as maiores já interceptadas no país, com valor estimado em US$ 65 milhões.
Chamou atenção dos fiscais que, além das mercadorias tradicionalmente encontradas em casos como esse, havia também peças para fabricação de celulares falsificados, como telas, carcaças, baterias e etiquetas. O fato leva a fiscalização a entender que há montagem dos aparelhos ocorrendo no Brasil.
Os contêineres vieram da China, a bordo de diferentes navios, e chegaram à Portonave, em Navegantes, no último mês. A Receita Federal não divulgou os portos de onde saíram os carregamentos, nem por onde os navios passaram antes de chegarem a Navegantes.
A carga pertence a diversas importadoras, de diferentes estados no país. Há suspeitas de que as empresas participem de um mesmo grupo, que distribuiria os produtos falsificados no mercado brasileiro. As mesmas importadoras já tiveram cargas interceptadas em outros portos brasileiros no ano passado, como Santos (SP) e Itaguaí (RJ).
Os contêineres que desembarcaram em Navegantes tinham descrições genéricas de produtos, e a interceptação foi feita antes mesmo de seleção das cargas para verificação _ processo que ocorre com os contêineres de importação, que podem passar por análise de documentos e verificação física.
A carga será destruída pela Receita, e os importadores responderão processo administrativo. O órgão, agora, busca descobrir quem encomendou a carga.
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