Terminou no fim da tarde desta quarta-feira a greve dos caminhoneiros autônomos, que já durava quase um mês nos portos de Itajaí, Navegantes e Itapoá. Após negociação intermediada pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII) os transportadores concordaram com uma reposição de 15% sobre os valores já praticados nos fretes, válida de imediato para as viagens internas, e a partir de 15 de abril para as viagens para fora da cidade ou do Estado. O acordo também prevê a criação de uma Câmara Setorial para tratar dos assuntos que envolvam o transporte de contêineres em Itajaí, onde está a maior base da categoria.
Embora a negociação tenha sido tratada entre os sindicatos de Itajaí e Navegantes, os termos devem ser adotados também em Itapoá, que embora tenha uma entidade patronal diferente, tem o mesmo sindicato representando os trabalhadores.
A paralisação vinha causando prejuízos aos portos. Em Itajaí o movimento de caminhões havia reduzido 53% e parte das cargas que deveriam ter entrado no terminal foram desviadas para os portos de Santos (SP) e Rio Grande (RS). Exportadores de cargas perecíveis, como o frango, principal produto do comércio exterior em Santa Catarina, ameaçavam deixar definitivamente de operar através dos portos do Estado caso não se chegasse a uma solução em breve.
A negociação terminou em um momento em que a paralisação chegava ao momento mais crítico. Pela manhã e no início da tarde de ontem a situação ficou tensa em Itajaí e Navegantes, com caminhões apedrejados por furarem o bloqueio dos grevistas. Os caminhoneiros paralisados se revoltaram depois que o sindicato patronal voltou atrás em uma tentativa de acordo mediada pelos prefeitos e associações empresariais das duas cidades, na terça-feira.
A assinatura que selou o fim da paralisação _ e dos conflitos _ ocorreu no gabinete do prefeito Volnei Morastoni (PMDB).
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