Interditado há um ano e sete meses para reforma, o Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Itajaí ( Casep) está pronto desde julho para voltar a receber adolescentes infratores. No entanto, permanece de portas fechadas.
O Estado aguardou o fim das eleições municipais para dar sequência ao processo de contratação de uma ONG para administrar a unidade. Zeno Augusto Tressoldi, diretor do Departamento de Administração Socioeducativo ( Dease) diz que os termos do convênio estão em fase final de elaboração – o que significa que o edital será lançado em breve. A abertura do Casep, entretanto, não deve ocorrer antes de fevereiro do ano que vem.
Desde que a unidade foi fechada, a inserção de adolescentes que praticaram crimes na região em projetos educacionais e de ressocialização se tornou quase impossível. Segundo estimativa feita no primeiro semestre pelo Ministério Público de Santa Catarina, mais de 90% dos adolescentes que foram detidos pela Polícia Militar em Itajaí e nas cidades do entorno, desde o fechamento do Casep, foram liberados.
– Raramente se encontram vagas em outros locais, mas isso é em casos excepcionais. Qualquer equipamento de ressocialização que falte ou que deixe de funcionar causa problemas para todos – diz o comandante regional da PM, coronel Claudio Roberto Koglin.
Hoje, segundo dados do Dease, há apenas dois adolescentes de Itajaí internos em unidades de ressocialização no Estado. As apreensões, entretanto, são diárias – o que demonstra o impacto da falta do Casep na região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário