segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Membros do primeiro escalão da prefeitura de Itajaí são presos durante a operação Dupla Face deflagrada pelo Gaeco

Quatro membros do primeiro escalão da prefeitura de Itajaí foram detidos na manhã desta segunda-feira durante a operação Dupla Face, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O secretário de Orçamento, Planejamento e Gestão, Douglas Cristino, foi preso preventivamente.

Entre os presos temporários estão o procurador Geral, Rogério Ribas, o secretário de Urbanismo, Paulo Praun, o secretário de Habitação, Sadi Pires.
A lista de prisões temporárias inclui ainda o diretor técnico da Secretaria de Urbanismo, Sérgio Ardigó, um advogado e dois empresários. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Itajaí e os nomes foram confirmados pela prefeitura.
O prefeito Jandir Bellini (PP) recebeu por volta das 9h, das mãos de um oficial de Justiça um pedido de afastamento judicial de outros três entes públicos: o secretário da Fazenda, Marcos Andrade, o secretário de Obras, Tarcísio Zanelato, e Edson Maurício Dognini, ex-assessor parlamentar de Douglas Cristino, atualmente lotado na prefeitura. 

Jandir afirmou que deve assinar exoneração de todos os nomes citados pelo Gaeco ainda nesta segunda-feira à tarde. O pedido já está tramitando na Procuradoria do município.

Até o fim da manhã, agentes do Gaeco continuavam na prefeitura em busca de documentos. Um dos setores visitados foi o de licitações. Também houve cumprimento de mandado de busca no gabinete do vereador Afonso Arruda (PMDB), na Câmara de Vereadores.

Ao todo foram cumpridos 26 mandados de busca para reunir documentos, que também incluíram ações em Bombinhas, Gaspar e Balneário Camboriú — além de Itajaí. Cerca de 60 agentes de Gaecos de todo o Estado participam da operação, inclusive da Capital, Joinville, Criciúma, Lages e Chapecó.
A operação Dupla Face demandou sete meses de investigação e apura crimes de corrupção passiva e ativa, concussão, advocacia administrativa e associação criminosa.
A operação recebeu esse nome em razão das suspeitas de pessoas envolvidas nos crimes investigados criarem dificuldades a empresas e particulares requerentes de alvarás e licenças do poder público municipal e venderem facilidades para a resolução dos problemas criados por eles mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário