Em “Apocalipse sem Medo” (2000), no
qual apresento trechos de algumas palestras que proferi na década de 1990,
afirmei que a verdadeira reforma não surge exclusivamente
de crenças, ideologias ou sistemas de governo humanos.
Nasce no Mundo (ainda) Invisível, a Pátria de onde todos viemos e para a qual retornaremos, sem prerrogativa.
Dessa revolução permanente participam milhões e milhões de Espíritos
aguerridos, mas de coração sublimado. Eles devem ser escutados, pois nos falam
da sabedoria de outras existências, que premiam o correto esforço com
a recompensa da libertação.
—
“Ah! Não existe o Outro Lado da Vida?”.
Não?!
Então, me responda, por favor: onde se encontram Deus, o Cristo e o Espírito
Santo? E os santos de devoção? Para que local Você dirige as suas súplicas,
quando ora? Para que lugar Você vai, quando for “transferido” deste para o “Outro
Mundo”?
É
bem melhor descobrir que prosseguimos vivos e atuantes numa dimensão espiritual
do que nessa sinistra falácia de última fronteira dos
“sete palmos de terra”, que, no mínimo, são bem pesados para quem não
honrou seus compromissos na Terra. É melhor ter esperança do que passar a vida sofrendo
um oculto medo da escuridão eterna.
A TERRA DEIXARÁ DE SER EXÍLIO
Na
Terra, ninguém escapa da inevitável convocação da morte. Aliás, essa
preocupação é pertinente também para os irmãos ateus materialistas.
A
certa altura da jornada humana, não há quem não se indague, nos momentos
solitários de reflexão, sobre o seu próprio futuro... mais além. Um porvir
especial que terá de enfrentar sozinho, ou sozinha. É quando se chega ao que
podemos chamar de “Cabo das Tormentas” (a idade que nem todos gostam de ter). Todavia, depois de contornado, como o fez Bartolomeu Dias
(1451-1500), se desejamos investigar realmente a respeito de nossa
essência imaterial, passa a ser o “Cabo da Boa Esperança”, que, não mais
causando temores, nos revela que há um “Caminho ‘Marítimo’ para as Índias” do
Espírito. Ali serão encontradas todas as especiarias e riquezas imortais.
A
Vida é eterna, como o Amor autêntico. O Livro das Profecias Finais mostra essa
realidade, quando para nós vislumbra Novo Céu, Nova Terra, Nova Jerusalém
(Apocalipse, 21:1 e 2). Trata-se do torrão natal, para onde todo exilado deseja
volver. Porém, um fato maravilhoso ocorrerá desta vez: o nosso país de origem,
o Céu, é que virá ao nosso encontro, baixando das Alturas à Terra (Apocalipse,
21:9 a 11):
“9
Então veio um dos sete Anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete
flagelos, e falou comigo, dizendo: Vem cá e eu te mostrarei a noiva, a esposa
do Cordeiro de Deus.
“10
E ele me transportou, em Espírito, a uma grande e elevada montanha, e me
mostrou a cidade santa, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
“11
a qual tem a claridade do próprio Deus. (...)”
José de Paiva Netto — Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário