A tropa, que seria de 350 homens, teria sido autorizada pelo Ministério da Justiça a vir ao Estado depois de tratativa com o governador Raimundo Colombo, em reunião quarta-feira à noite na Casa d'Agronômica, como uma das ofensivas na ação para dar fim a onda de atentados no Estado.
Os integrantes da Força Nacional devem atuar na transferência dos presos líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que estão a maioria na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis.
São esses criminosos que estariam ordenando a segunda onda de ataques a ônibus, veículos e prédios públicos, há duas semanas.
Pelo menos 20 bandidos da facção deverão ser removidos para presídios federais em outros estados, onde ficarão isolados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Uma operação deverá ocorrer nos próximos dias, mas nem as polícias nem os governos informam a data por questão de segurança.
A vinda das tropas federais deverá reforçar as equipes na ação de transferência e também para guarnecer os presídios. Isso porque há temor das autoridades que a ida dos líderes do PGC para fora de SC desencadeie revolta dos detentos e rebelião.
Alojamento no Centro de Ensino da PM
Os grupos de policiais da Força deverão ficar alojados no Centro de Ensino da Polícia Militar, na Trindade. Ainda não houve nenhuma manifestação oficial dos governos federal ou estadual sobre quanto tempo a tropa deverá permanecer em Santa Catarina.
Elas tratam o reforço em sigilo, por enquanto, embora o assunto comece a vazar e ganhar corpo. Um grupo defende a divulgação como forma de amedrontar os criminosos que estão nas ruas cumprindo as ordens do PGC.
Desde o dia 30 de janeiro, ocorreram 98 ataques. Hoje, um caminhão foi parcialmente incendiado em Tubarão.
Ministério da Justiça diz que não irá comentar
O Ministério da Justiça disse por meio da assessoria de imprensa que não irá comentar sobre a vinda da Força Nacional de Segurança a Santa Catarina, nem as declarações da secretária da Justiça Ada De Luca informando sobre a chegada das tropas.
Segundo o Ministério da Justiça, o motivo é uma questão de estratégia de ação. Nesta quinta-feira à tarde, em reunião com vereadores na Capital, Ada afirmou que as tropas federais estão a caminho do Estado.
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