domingo, 23 de dezembro de 2012

Fim da greve dos servidores da saúde: vitória da Saúde do Estado

O deputado Volnei Morastoni participou, na Praça Tancredo Neves, em frente ao parlamento catarinense, da assembleia dos servidores da saúde, que aprovaram a proposta do governo do estado e encerraram a greve. Desde 23 de outubro em greve, os trabalhadores da saúde receberam, no dia 20 de dezembro, do governo do estado, nova proposta. A categoria reivindicava abono pecuniário (gratificação) de 50% e negociação dos dias parados e salários bloqueados.

A proposta do governo contempla o pagamento da gratificação dos 50% parcelado nos períodos: abril (30%) e outubro (35%) de 2013 e abril (35%) de 2014. O governo aceitou também o desbloqueio imediato dos salários de novembro, dezembro, janeiro e do 13º salário, além de anistiar os grevistas dos dias parados.

VITÓRIA - Durante as atividades na praça, o deputado Volnei Morastoni discursou aos trabalhadores destacando: “Uma das vitórias de vocês foi barrar essa intenção descabida do governo do estado de privatizar os hospitais, de passar para as Organizações Sociais da Saúde”.

Morastoni, presidente da Comissão de Saúde da Alesc, fez também referência ao requerimento que lhe foi entregue, no dia 18/12, para abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), para investigar os atos decorrentes dos contratos de gestão firmados com as organizações sociais para a saúde do Estado. Para a abertura da CPI são necessárias 14 assinaturas de parlamentares, mas até a última sessão do ano, no dia 19/12, oito assinaturas haviam sido coletadas. O deputado se comprometeu em voltar com a pauta para a ordem do dia no início das atividades do próximo ano, em fevereiro.

Volnei Morastoni ressaltou a vitória histórica do movimento de greve. Entre as entidades que manifestaram apoio, o parlamentar citou a Associação Médica Catarinense que divulgou (26/11) uma nota pública com duras críticas ao governo do estado, quando fez referência amistanásia, que é, segundo Morastoni, “a eutanásia dos desassistidos, a eutanásia social”. Ainda completou: “nós temos milhares de desassistidos e não é por culpa dos servidores e da greve, mas por culpa deste governo, que herdou também uma sucessão de vários governos que trataram a saúde com omissão e com descaso”.

Para os servidores, a greve foi vitoriosa. “Não ganhamos nada de graça. A proposta apresentada não veio de graça, foi arrancada à unha por cada servidor em greve”, disse Edileuza Fortuna, uma das Diretoras do SindSaúde.

Participaram também da Assembleia o deputado Sargento Amauri Soares (PDT) e a deputada Angela Albino (PCdoB).

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