O deputado Volnei Morastoni participou, na Praça Tancredo Neves, em frente ao
parlamento catarinense, da assembleia dos servidores da saúde, que aprovaram a
proposta do governo do estado e encerraram a greve. Desde 23 de outubro em
greve, os trabalhadores da saúde receberam, no dia 20 de dezembro, do governo do
estado, nova proposta. A categoria reivindicava abono pecuniário (gratificação)
de 50% e negociação dos dias parados e salários bloqueados.
A proposta do
governo contempla o pagamento da gratificação dos 50% parcelado nos períodos:
abril (30%) e outubro (35%) de 2013 e abril (35%) de 2014. O governo aceitou
também o desbloqueio imediato dos salários de novembro, dezembro, janeiro e do
13º salário, além de anistiar os grevistas dos dias
parados.
VITÓRIA - Durante as atividades na praça, o
deputado Volnei Morastoni discursou aos trabalhadores destacando: “Uma das
vitórias de vocês foi barrar essa intenção descabida do governo do estado de
privatizar os hospitais, de passar para as Organizações Sociais da
Saúde”.
Morastoni, presidente da Comissão de Saúde da Alesc, fez também
referência ao requerimento que lhe foi entregue, no dia 18/12, para abertura de
CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), para investigar os atos decorrentes dos
contratos de gestão firmados com as organizações sociais para a saúde do Estado.
Para a abertura da CPI são necessárias 14 assinaturas de parlamentares, mas até
a última sessão do ano, no dia 19/12, oito assinaturas haviam sido coletadas. O
deputado se comprometeu em voltar com a pauta para a ordem do dia no início das
atividades do próximo ano, em fevereiro.
Volnei Morastoni ressaltou a
vitória histórica do movimento de greve. Entre as entidades que manifestaram
apoio, o parlamentar citou a Associação Médica Catarinense que divulgou (26/11)
uma nota pública com duras críticas ao governo do estado, quando fez referência
amistanásia, que é, segundo Morastoni, “a eutanásia dos desassistidos, a
eutanásia social”. Ainda completou: “nós temos milhares de desassistidos e não é
por culpa dos servidores e da greve, mas por culpa deste governo, que herdou
também uma sucessão de vários governos que trataram a saúde com omissão e com
descaso”.
Para os servidores, a greve foi vitoriosa. “Não ganhamos nada
de graça. A proposta apresentada não veio de graça, foi arrancada à unha por
cada servidor em greve”, disse Edileuza Fortuna, uma das Diretoras do
SindSaúde.
Participaram também da Assembleia o deputado Sargento Amauri
Soares (PDT) e a deputada Angela Albino (PCdoB).
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