No trabalho, nas nossas relações e ao longo da nossa vida em geral, só existem dois lados que podemos ocupar: o lado de quem faz parte do problema ou o lado de quem faz parte da solução.
Em equipe tais comportamentos tornam-se gritantes ao longo do tempo, revelando muitas vezes a real personalidade e os interesses de cada um.
A resistência à mudança é algo inerente ao ser humano. Somos criaturas programadas para, na maior parte das nossas vidas, praticarmos duas Leis: a do Mínimo Esforço e a da Acomodação. Somadas, elas formam em nós o que conhecemos por resistência.
Fulano havia sido contratado para desempenhar determinada função num dos dois departamentos de uma empresa, que funcionavam em salas separadas. Devido a uma questão macro, ou seja, que fugia do controle de qualquer um dentro da organização, foi preciso empreender uma mudança estrutural que obrigaria os dois departamentos a se reorganizarem e passarem a dividir um mesmo espaço.
Fulano soube informalmente da mudança e, antes mesmo de procurar entendê-la e aguardar sua oficialização, passou a criar resistência. Pior ainda, passou a tentar influenciar as pessoas ao redor ao mesmo tipo de comportamento, em conversas de bebedouros ou aos pés de suas mesas. Fulano passou a levantar bandeiras invisíveis pelos corredores, acreditando estar tendo sucesso em sua empreitada.
Até que, no ponto de ônibus, ao comentar a situação que o deixava indignado com alguém de fora, foi questionado:
- E se por acaso, no dia em que você foi contratado, os dois departamentos já funcionassem dentro de um mesmo espaço, o que você faria?
Fulano, que hoje divide a sala com quem não queria, ainda está devendo a resposta.
Em toda empresa, organização, equipe ou grupo, enfim, onde quer que pessoas se reúnam em torno de um objetivo, por mais que existam nuances de caráter político nas relações, a postura que estimulamos em nós mesmos e nas pessoas a quem influenciamos sempre nos coloca de um lado ou de outro da linha.
A tênue linha que separa quem faz parte do problema de quem faz parte da solução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário