sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Médica de Joinville cai em golpe de falso sequestro

Uma médica que mora na região central de Joinville passou por pelo menos cinco horas de desespero e tortura psicológica ao ser vítima do golpe do falso sequestro na manhã desta quinta-feira. Telefonando a princípio para o número fixo da família, bandidos supostamente do Rio de Janeiro a convenceram de que estavam de posse de uma de suas duas filhas - ambas estavam dormindo nos próprios quartos.

A médica chegou a fazer depósitos que somaram R$ 12 mil para diferentes contas correntes, em agências lotéricas e no Banco do Brasil, além de comprar créditos para celulares indicados pelos golpistas. Durante todo o tempo, eles mantiveram contato com a médica via telefone celular — ela ainda foi coagida a comprar um novo aparelho, para que membros da família não conseguissem contatá-la.

Os criminosos convenceram a vítima por meio de um teatro do qual uma mulher se fez passar pela filha. Ela simulou ter sido assaltada, sequestrada e amarrada dentro de um carro.

Desesperada, a médica fez o que lhe foi pedido: quatro depósitos de R$ 1 mil cada em uma lotérica; e outro de R$ 8 mil sacados da conta corrente. O golpe foi descoberto depois que a família percebeu a ausência da médica, que faltou às consultas agendadas no dia. Uma irmã da vítima acionou a Polícia Militar.

Enquanto isso, os bandidos já estavam informados do número do telefone do marido da médica, que chegou a ser contatado para, deste vez, ser convencido de que a mulher havia sido sequestrada. Depois de orientado por policiais, ele se negou a cumprir as ameaças.

A mulher foi localizada pela PM no estacionamento do Shopping Mueller, onde tentou comprar créditos para os celulares dos golpistas com o cartão bancário já bloqueado. Como as contas bancárias e os números de celular anunciados pelos bandidos eram do Rio de Janeiro, a polícia de Joinville deve atuar em conjunto com a fluminense para tentar apurar os responsáveis.

A orientação da polícia nessas situações é manter a calma, checar a localização do parente, não se isolar e nunca dar informações ao bandido — como o nome de familiares.

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