O advogado suspeito de aplicar golpes de mais de R$ 5 milhões em vítimas de Santa Catarina e São Paulo, Amauri Jacinto Baragatti, contava com outros dois suspeitos, também presos pela equipe da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) catarinense.
Até esta segunda-feira, sete vítimas catarinenses registraram boletim de ocorrências em Blumenau, Tangará, Jaraguá do Sul, Rio do Sul, Criciúma e Joinville. Nas seis cidades do estado, o prejuízo ultrapassa R$ 5 milhões.
Um empresário de Tangará, no Meio Oeste catarinense, desconfiou do advogado depois que entregou uma quantia em dinheiro que deveria servir de entrada para aprovação de um financiamento no BNDES. Baragatti tentou despistar a polícia ao registrar na delegacia da cidade um boletim no qual afirmava estar sendo ameaçado pelo empresário catarinense.
O suspeito por estelionato ostentava alto padrão financeiro, afirmava ter trânsito livre no BNDES, ligação com grandes partidos políticos e o título de cônsul do Brasil no Equador, para aumentar a credibilidade junto às vítimas. Para impressionar os alvos, o advogado vinha à Santa Catarina com jatos executivos alugados, que dizia ser de sua propriedade. Oferecia passeios aos empresários catarinenses nas aeronaves luxuosas.
A Deic apresentou, nesta segunda-feira, os três suspeitos de envolvimento no esquema de estelionato. Os três tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça.
Além do advogado Amauri Jacintho Baragatti, detido no último dia 6 na capital paulista, a Deic prendeu a advogada Maria Aparecida Tragliano, que seria sócia dele, como suspeita de integrar o grupo. Maria Aparecida também foi presa na quinta-feira.
Segundo a polícia, a primeira prisão foi no dia 1º de setembro. Edmilson de Almeida, suspeito de participar do esquema, foi preso dentro de um avião no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Baragatti foi preso no apartamento em que morava na capital de São Paulo, em um condomínio de luxo.
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