quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Audiência pública marcada para o dia 10 de outubro apresenta projeto de duplicação da Rodovia Antônio Heil

A duplicação da Rodovia Antônio Heil (SC-486), que liga Itajaí a Brusque, é um sonho antigo dos dois municípios, que com o desenvolvimento econômico e social das últimas décadas veem nos 30 quilômetros da via um caminho fundamental para o turismo e para o escoamento da produção portuária.

Após anos de conversas e estudos, o Departamento Estadual de Infraestrutura de Santa Catarina (Deinfra-SC) dá um importante passo para tornar essa ideia realidade daqui a duas semanas. O orçamento preliminar aponta gastos de R$ 190 milhões para a obra.

Está prevista para 10 de outubro, em local e horário ainda indefinidos, uma audiência pública para apresentar o projeto da duplicação, concluído este mês pela empresa Prosul, de Florianópolis.

Na oportunidade, a população, técnicos e autoridades vão conhecer os detalhes do projeto, para debater ajustes e encaminhar o texto para finalização e aprovação do Deinfra. Depois disso o edital de licitação da obra vai ser lançado nos primeiros meses de 2013, aí sem prazo para início efetivo dos trabalhos na rodovia.

Certo é que a duplicação será executada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), que injetará financiamento de quase R$ 1 bilhão para obras prioritárias de infraestrutura no Estado. O projeto integra o programa Pacto por Santa Catarina, que foi lançado em julho e teve as ações para o Vale do Itajaí e o Litoral Norte detalhadas em setembro.

- Essa rodovia é extremamente importante para escoar a produção regional e a duplicação é um pedido dos próprios portos de Itajaí e Navegantes para aumentar a competitividade e diminuir os custos de logística. A Antônio Heil do jeito que está, além de prejudicar a economia portuária, afeta grande número de pessoas que usam essa via pra chegar às praias ou para fazer compras em Brusque - diz Murilo Flores, secretário executivo do Pacto por SC.

Flores observa que além da data inicial da obra ser incerta também não é possível definir a duração dos trabalhos, uma vez que existem questões que fogem ao controle da execução por parte do Deinfra.

- Não podemos prever o começo da duplicação porque apesar de não ser uma obra muito longa, são apenas 30 quilômetros, ela é complicada por estar em uma região de alta densidade populacional. Provavelmente vamos precisar fazer desapropriações em algumas áreas, e isso demanda tempo, então é um trabalho complexo - explica.

Toda a extensão da rodovia será duplicada e outro ponto que vai receber atenção do projeto é a melhoria no acesso à BR-101, que é alvo de críticas de motoristas e transportadores.

O maior problema é a dificuldade do tráfego de caminhões, que por consequência acabam atrapalhando todo o fluxo no trevo entre as duas cidades e a BR. O objetivo é que, com a região duplicada e o acesso reestruturado, a ocorrência de filas diminua, reduzindo também atrasos nas entregas e o número de acidentes na via.

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