"Pela justiça da terra eu já paguei, pela justiça divina ainda não", disse Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, em entrevista na sede da Divisão de Investigações Criminais, em Balneário Camboriú, na tarde desta quinta-feira. O suspeito de 57 anos, foi preso em casa, nesta manhã, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Depois de cumprir pena de 34 anos, o mineiro Pedrinho Matador, de Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, veio morar em Balneário Camboriú e trabalhar em um sítio, na localidade de Macacos. A polícia chegou ao suspeito depois de uma denúncia anônima. Ele não teria reagido a prisão e disse que está na cidade há pelo menos três anos, desde que foi solto. Na casa, a polícia encontrou em revólver calibre 38.
De acordo a delegada Luana Backes, da Divisão de Investigações Criminais, Pedrinho estava com um mandado de prisão em aberto, desde o fim de agosto, por participação em sete motins e por privação de liberdade de um agente prisional durante uma das rebeliões. Ele foi condenado a quatro anos de reclusão em regime fechado e um ano e nove meses de detenção em regime semi-aberto.
Não há índicios de que ele tenha praticado crimes em Santa Catarina, conforme a delegada.
Ele diz ter cometido mais de cem assassinatos, metade deles na prisão. A frase "mato por prazer" está tatuada no braço.
— Matei muitas pessoas que não valiam nada. Eu, pra ser sincero, não tenho remorso nenhum — confessa.
Segundo ele, as vítimas eram "pessoas que não prestavam", referindo-se aos estupradores, e "traíras", como colegas de cela e o pai, que teria matado a mãe.
No fim dos anos 90, ele ganhou as páginas dos jornais ao declarar que mataria o motoboy Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, preso por estuprar e assassinar onze mulheres no Parque do Estado, em São Paulo. Os dois cumpriram pena na Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté, conhecida por receber presos de alta periculosidade, no interior paulista.
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