Proibir definitivamente a puxada de cavalos em Santa Catarina é o objetivo da deputada estadual Ana Paula Lima (PT). Ela apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa proibindo a competição que obriga cavalos a arrastar uma carreta sem rodas, com pesos e em pista improvisada com lama. A prática, segundo a petista, consiste em maltrato aos animais.
A proposta está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Na próxima semana a comissão deve colocar em votação.
O assunto é polêmico dentro e fora do Parlamento. Na CCJ, por exemplo, o relator, deputado Maurício Eskudlark (PSDB), já se manifestou contrário à ideia. Alegou que este tipo de assunto não seria prerrogativa do Legislativo. Segundo ele, deveria partir do Executivo.
Diante da opinião, o deputado petista Volnei Morastoni pediu vista e nesta terça-feira apresentou o posicionamento deixando claro que concorda com a proposta da correligionária. A partir de agora, o projeto volta para análise da CCJ, o que deve ocorrer na próxima terça-feira.
Fora do Parlamento, há entidades que defendem a competição por considerá-la como uma tradição germânica. Em Pomerode, por exemplo, a discussão ficou mais acentuada depois do caso de agressão registrado em abril do ano passado, quando manifestantes contrários à prática foram agredidos. O prefeito de Pomerode, Paulo Pizzolatti (PP), limitou-se a falar sobre o assunto. Disse que vai aguardar a evolução do projeto na Assembleia.
O secretário de Turismo, Cultura e Esporte do município, Cláudio Krueger, disse que é favorável à ampliação da discussão sobre a legalidade da competição. Lembrou que a prática é feita na cidade mediante exigências como a apresentação da Guia de Transporte de Animais (GTA) e a presença de técnicos da Companha Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), além de um veterinário responsável pelo evento.
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