Após cinco meses à frente de um dos principais cargos do governo federal, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, anunciou seu afastamento no final da tarde desta terça-feira. A saída foi comunicada em nota divulgada pela assessoria de imprensa do ex-ministro.
Palocci é o primeiro ministro do governo Dilma a deixar o governo. A saída ocorre quase um mês depois da reportagem do jornal Folha de São Paulo que aponta que ele teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010, quando era deputado federal do PT pelo Estado de São Paulo.
No documento entregue à presidente Dilma Rousseff à tarde, Palocci justifica a decisão no fato de que "a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo".
No entanto, na nota, Palocci considera "robusta" a manifestação da Procuradoria-Geral da República. Ontem, o procurador determinou o arquivamento das representações protocoladas pela oposição pedindo a abertura de inquérito para investigar a evolução patrimonial do ex-ministro Palocci.
No relatório de 27 páginas elaborado com base no que foi apresentado pelo ministro, Gurgel afirma que faltaram às representações documentos que comprovassem os fatos relatados.
Teor da nota divulgada pela Casa Civil
O ministro Antonio Palocci entregou, nesta tarde, carta à presidenta Dilma Rousseff solicitando o seu afastamento do governo.
O ministro considera que a robusta manifestação do Procurador Geral da República confirma a legalidade e a retidão de suas atividades profissionais no período recente, bem como a inexistência de qualquer fundamento, ainda que mínimo, nas alegações apresentadas sobre sua conduta.
Considera, entretanto, que a continuidade do embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo. Diante disso, preferiu solicitar seu afastamento."
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