A Campanha do Desarmamento que o governo federal relança nesta sexta-feira terá novidades polêmicas. Quem entregar as armas não precisará fornecer dados pessoais e receberá, na hora, um protocolo para sacar a indenização em uma agência do Banco do Brasil.
O revólver, pistola ou espingarda entregue será inutilizado logo após a entrega _ alimentando o temor de que os criminosos cometam um crime e entreguem o revólver num posto de recolhimento como forma de tentar escapar da prisão.
A preocupação se amplia, porque o governo garante que não haverá qualquer tipo de investigação em relação à origem da arma ou ao seu portador. Os coordenadores ainda não anunciaram detalhes, mas é provável que a arma seja desmontada na hora da entrega e, depois, encaminhada à PF para o descarte total, que poderá ser feito por meio da queima em fornos industriais de alta temperatura. Os valores da indenização podem variar de R$ 100 a R$ 300, conforme o calibre.
O Ministério da Justiça e defensores do desarmamento acreditam que a preocupação de policiais não se justifica, porque considera pouco provável que criminosos corram o risco de se apresentar em um posto de recolhimento e entregar seus revólveres ou pistolas. A entrega anônima é uma tentativa de ampliar o número de armas recolhidas, e a inutilização do material no próprio posto se dará para evitar que ele volte para os criminosos.
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