Vice Leonel Pavan assume o governo

Depois de 10 dias como governador, o deputado Jorginho Mello retornou, na terça-feira, à presidência da Assembleia Legislativa. Ele repassou a dianteira do Executivo ao vice-governador Leonel Pavan, que fica no cargo até Luiz Henrique da Silveira voltar da viagem oficial à Europa, no domingo. Entre brincadeiras sobre a preferência por determinadas cores e ditados repetidos por seus pais, Jorginho fez um balanço do período à frente do Executivo. A alegria, no entanto, esbarrou no polêmico projeto que prevê o destino de 0,3% dos recursos do Fundo Social aos estudantes carentes. Matéria esta de sua autoria e aprovada em menos de 24 horas. — O meu período na interinidade não tem nada a ver com isso. Eu não aumentei despesa, apenas mudei o foco — disse. Nos bastidores, a notícia era de que Pavan — um dos candidatos claros para a sucessão de Luiz Henrique da Silveira — não teria gostado porque a medida oneraria os cofres públicos. Questionado sobre a aprovação, o governador em exercício disse ter ficado surpreso com a rapidez com que a matéria passou pela Assembleia, mas que por se tratar de um projeto social havia ficado feliz com a decisão. — Agora precisamos fazer um estudo para avaliar o impacto econômico disso. Dependendo do resultado, podemos até ampliar esse benefício — sugeriu. Sobre a visita oficial aos Estados Unidos, Pavan avaliou que muitas iniciativas aplicadas no país podem ser importadas para Santa Catarina. Uma delas, e a que mais chamou a atenção do governador em exercício, é a que legaliza o "bico" dos policiais. — Lá, eles são obrigados a usar o carro da corporação e a farda durante o trabalho fora do expediente, o que triplicou o número de policiais nas ruas.