O esperado e já comum desaquecimento do mercado de trabalho em dezembro, principalmente na indústria da transformação, com baixa de contratos e período de férias coletivas, fez com que Blumenau eliminasse 2.256 vagas no último mês do ano passado.
Apesar de expressivo, o resultado, no entanto, não foi suficiente para comprometer a curva ascendente de geração de empregos formais ao longo de 2017. Depois de saldos negativos em 2015 (-5.320) e 2016 (-1.881), empresas do município voltaram a contratar mais do que demitir no ano que passou: foram 1.286 novas vagas de trabalho formais, o melhor resultado desde 2013 (+2.675).
Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgados na sexta-feira, colocam Blumenau na 41ª posição no ranking nacional em 2017 – até novembro, a cidade ocupava o oitavo lugar.
O desempenho não foi suficiente para reverter os números ruins dos dois anos anteriores, mas indica a consolidação da recuperação da atividade econômica blumenauense.
– O que nós passamos em 2015 e 2016 foi uma recessão. Em 2017, houve uma estagnação, mas tanto Santa Catarina quanto Blumenau acabaram se recuperando mais – avalia o professor de Economia da Furb Nazareno Schmoeller, numa comparação com o cenário em nível nacional.
Em todo o país, 2017 terminou com saldo negativo, com fechamento de 20,8 mil postos de trabalho formais. Embora a variação seja pequena e a análise preponderante apontar estabilidade no nível do emprego na comparação com 2016 – o famoso “parou de piorar” –, o resultado destoa do discurso otimista propagado pelo governo federal.
O cenário, positivo até novembro, em parte vinha sendo puxado pelas vagas informais, gente que trabalha por conta própria e tem renda, mas sem os direitos e benefícios de quem tem a carteira assinada.
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