Grupos criminosos que enviavam cocaína para o exterior através de portos de catarinenses são alvo de duas operações simultâneas da Polícia Federal e da Receita Federal. O envio se concentrava no Porto de Itapoá e no Complexo Portuário do Itajaí, que corresponde aos terminais de Itajaí e Navegantes. Em um ano e meio, as investigações resultaram na interceptação de mais de 10 toneladas de cocaína.
Cerca de 450 policiais federais e 25 servidores da Receita cumprem 104 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 12 conduções coercitivas e diversos sequestros de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, as quadrilhas agiam de maneira semelhante, inserindo clandestinamente a droga em contêineres que transportavam cargas legais, enviadas à Europa. A apuração teve cooperação internacional, com apreensões de cocaína no Brasil e no exterior.
Contentor
As investigações da Operação Contentor, coordenada pela Delegacia da Polícia Federal em Joinville, começaram no final do ano passado e resultaram em cinco grandes apreensões de drogas, que somaram duas toneladas de cocaína. Parte da droga foi interceptada já no destino final, na Bélgica.
A polícia apurou que a droga era comprada pela quadrilha na fronteira com a Bolívia, e trazida ao Brasil em pequenos aviões que pousavam no aeroclube de São Francisco do Sul. De lá, era levado para chácaras onde era acondicionado em grandes bolsas para posterior inserção em contêineres que sairiam pelo Porto de Itapoá.
A Operação Contentor cumpre mandados em Joinville, São Francisco do Sul, Itapoá, Garuva, Santos (SP), São Paulo, Recife(PE), João Pessoa (PB) e Rio de Janeiro(RJ).
Oceano Branco
Já a Operação Oceano Branco teve as investigações iniciadas em março do ano passado na Delegacia da Polícia Federal em Itajaí. Foram apreendidas seis toneladas de cocaína em 12 ações, metade delas no exterior - Bélgica, França e Espanha.
As investigações apuraram que o envio era feito por três grupos criminosos diferentes, que utilizavam o Complexo Portuário do Itajaí. Foram localizados carregamentos de drogas em cargas de bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito.
Além das apreensões relatadas na investigação, a polícia também acredita na vinculação dos investigados a outros carregamentos interceptados por autoridades policiais na Itália, Dinamarca, Espanha, Arábia Saudita e Turquia, totalizando outras 2,5 toneladas da droga.
Ao mandados da Operação Oceano Branco são cumpridos em Itajaí, Balneário Camboriú, Navegantes, Itapema, Penha, Tijucas, Florianópolis, São Francisco do Sul, Joinville e Imbé (RS).
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