Em meio ao terremoto de denúncias que desestabilizou o governo federal e fez estragos em Santa Catarina, veio à tona o destino do iate milionário que pertence a Joesley Batista, o responsável pelas delações que abalaram a República. Sem alarde, a embarcação de 98 pés, avaliada em US$ 10 milhões e batizada com o sugestivo nome "Why Not" — "por que não", em inglês — passou quase dois meses atracada na Marina Itajaí antes de ser levada de navio para Miami.
O iate chegou no dia 15 de março, poucas semanas após o empresário ter proposto o acordo de delação premiada. Difícil afirmar se já era um indício da intenção de deixar o país, mas o fato é que o iate veio sob o intermédio da empresa de logística Dacon, com papelada de envio para o exterior.
O embarque no navio foi feito no dia 8 de maio, dois dias antes do término da delação explosiva. O iate foi levado da Marina Itajaí até o Porto de Itajaí, e a operação delicada de içá-lo para dentro do navio demorou cerca de cinco horas, das 15h às 20h. A data de desembarque do barco em Miami não foi divulgada.
As últimas informações sobre o paradeiro da família Batista são que, com autorização da Justiça, eles embarcaram no Aeroporto de Guarulhos para Nova York, no dia 10 de maio. Desde então o empresário não foi localizado.
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