quarta-feira, 8 de março de 2017

Detentos fazem agentes prisionais reféns no presídio da Canhanduba

Cerca de 20 detentos do Presídio da Canhanduba fizeram dois agentes penitenciários, funcionários da empresa terceirizada que presta serviços no local, reféns nesta terça-feira à noite. A unidade precisou ser isolada pela Polícia Militar, e equipes especializadas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Comando de Operações Busca Resgate e Assalto (Cobra) trataram das negociações, que duraram pelo menos quatro horas. Pouco antes da meia-noite, o Departamento de Administração Prisional (Deap) declarou que a situação estava resolvida, mas não informou se presos envolvidos no caso serão transferidos.
O juiz da Vara de Execuções Penais de Itajaí, Pedro Walicosky Carvalho, o diretor regional do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), Juliano Stroebl, e dois promotores de Justiça também participaram da negociação. Os agentes foram rendidos por volta das 19h e é provável que eles tenham sido atacados pelos presos no momento da revista. Os detentos ameaçaram os agentes com objetos cortantes.

As informações de que a tomada de reféns teria sido por ordem de uma facção criminosa ainda não foram confirmadas pelo Deap. O clima na Canhanduba foi de tensão durante toda a noite. A última tomada de refém no presídio ocorreu em outubro do ano passado, quando detentos renderam um agente de controle terceirizado.
O presídio tem sofrido com a superlotação. Tem espaço para 644 presos, mas comporta mais de mil. O Complexo Prisional da Canhanduba tem presídio e penitenciária. Somente este ano a penitenciária, considerada modelo, registrou duas fugas — a última na semana passada, quando oito detentos escaparam. As reiteradas ocorrências levaram o Deap a anunciar mudanças no sistema de segurança da unidade.

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