Sete meses depois de votar a favor do fim do salário do vice-prefeito de Blumenau a partir do ano que vem, a maioria dos vereadores da cidade recuou e aprovou ontem um projeto de lei que devolve ao ocupante do cargo o direito de receber um subsídio mensal de R$ 10,7 mil. O autor da lei que acabava com o salário, Ivan Naatz (PDT), e o vereador Vanderlei de Oliveira (PT) mantiveram a postura em relação à votação de maio e usaram a tribuna para atacar a mudança de voto dos colegas. Disseram que a atitude envergonha essa legislatura, que terá a última sessão na quinta-feira.
O suposto beneficiado seria o atual presidente da Câmara e vice-prefeito eleito, Mário Hildebrandt (PSB), que não participou da sessão. À coluna ele disse que vai assumir uma secretaria no próximo ano e optar por receber o salário de secretário. O projeto aprovado ontem dá a ele o direito de escolher qual salário receber. Não há a possibilidade de acumular rendimentos. Na prática, portanto, não haveria prejuízo aos cofres da prefeitura e tampouco benefício a Hildebrandt.
Entre os vereadores que voltaram atrás, várias são as justificativas de mudança de voto. Jefferson Forest (PT) disse que conhece Mário Hildebrandt e sabe que ele não será um vice figurativo como foi, na opinião dele, Jovino Cardoso Neto (PSD). Já Robinho Soares (PR) fez uma reavaliação depois das eleições. Na opinião dele, deixar o vice sem salário tornaria-o refém político do prefeito.
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