Paiva
Netto
Por ocasião do Dia dos Avós, comemorado em 26/7,
recordei-me de minha saudosa vó Laura. Viveu nesta encarnação 99
anos, lúcida, ativa e juvenil. Veio a falecer — vejam vocês o dinamismo dela —
alguns dias depois de voltar da feira, e por causa de um acidente quando
retornava para casa. Com sua sabedoria, adquirida nos longos embates da vida,
ensinava:“Aos que chegam, na sua existência, ao fundo do poço, só resta levantar
a cabeça e começar a subir”. Sábias palavras.
Por sinal, em palestra que proferi sobre o que é
ser jovem, veiculada pela Super RBV de Comunicação (rádio, TV e internet),
destaquei esta máxima de Samuel Ullman (1840-1924), a qual
muito aprecio: “A juventude não é um tempo de vida, é um estado de
espírito”. Por isso, ao ouvir o incentivo que damos ao Jovem de Boa
Vontade, o vovô ou a vovó jamais deve sentir-se excluído das nossas atividades.
Eu mesmo, com muito gosto, já tenho mais de 70 anos. Há décadas venho dizendo:
aposentar-se do trabalho não significa aposentar-se da vida. Ela continua
sempre. Portanto, é um erro descartar grandes valores porque estão “em idade
avançada”. Descobertas importantíssimas foram feitas por homens e mulheres
quando ultrapassavam os 60 ou 70 anos. É preciso, pois, aliar ao patrimônio da
experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços.
Enquanto houver um sopro de vida, de alguma maneira
poderemos ser úteis. Façamos continuamente o Bem.
José
de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário