quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Advogado reclama de "excessos"da polícia nas buscas em escritório de casa noturna em Balneário Camboriú

O advogado Gastão da Rosa Filho, que representa o Grupo Maria´s, que atua na produção de shows, informou que vai processar os policiais civis que cumpriram mandado de busca na quarta-feira num dos escritórios da empresa, em Balneário Camboriú, como parte da Operação Reflexo, deflagrada pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico do Rio Grande do Sul (Denarc) com apoio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Para o advogado, houve ¿um excesso muito grande¿. 

_ Chegaram antes das 6h da manhã, enfiaram o pé na porta e não mostraram mandado. Chamaram um funcionário para abrir o cofre, mas não para abrir a casa _ afirma.

Segundo Gastão Filho, nada foi levado de dentro do escritório. O advogado orientou os clientes a registrarem boletim de ocorrência contra a Polícia Civil. 

_ A empresa teve o nome exposto numa situação que deveria ter sido conduzida com mais discrição. Foi um show pirotécnico, ela não é alvo da investigação. 

O delegado Osnei Valdir de Oliveira, da Deic, afirma que toda a operação só começou depois das 6h, como é previsto em lei, e que foi necessário usar equipamentos para abrir as portas porque não havia ninguém no local. 

Segundo ele, o endereço era um dos listados no mandado de busca de um dos presos, que foi localizado em São Paulo. 
_ Nada foi levado porque eles (o Denarc) objetivavam não foi localizado.
A operação
O Departamento Estadual de Investigações de Narcotráfico (Denarc) do Rio Grande do Sul investigou o grupo por 10 meses. Durante esse tempo, identificou seis líderes. Dois deles ficavam em Porto Alegre e quatro, em Santa Catarina. Os seis estão entre os 33 presos na operação, que ocorreu também no Mato Grosso do Sul, em Goiás e São Paulo.
Foram apreendidas ainda 13 armas, drogas, dinheiro e documentos falsos. Atuaram na ação das polícias civis dos cinco Estados. Em Santa Catarina, a equipe responsável foi a da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic). Segundo o delegado da Deic Anselmo Cruz, as pessoas presas no Estado era ativos no tráfico:
— Os presos são indivíduos ativos nessa rede e autores do tráfico. É uma rede complexa e bem ampla — explicou Cruz.

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